A presidenta da República, Dilma Rousseff, afirmou nesta terça-feira (19), a jornalistas estrangeiros no Palácio do Planalto, estar sendo vítima de um processo de impeachment baseado em uma injusta fraude jurídica e política.

A presidenta disse que, nos períodos democráticos do País, todos os presidentes enfrentaram processos de impedimento no Congresso Nacional.

Dilma argumentou que crise econômica e impopularidade não são motivos para se pedir o impeachment de um presidente da República. “O Brasil tem um veio que é adormecido, um veio golpista adormecido.

Se nós acompanharmos a trajetória de presidentes no meu País, do regime presidencialista a partir de Getúlio Vargas, nós vamos ver que o impeachment sistematicamente se tornou um instrumento contra os presidentes eleitos”.

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Enquanto isto, a revista Época revelou que Diogo Ferreira, ex-chefe de gabinete do senador Delcídio do Amaral, deu informações ao MPF sobre os pagamentos feitos por Maurício Bumlai, filho do pecuarista José Carlos Bumlai, um grande amigo de Lula, para financiar a família de Nestor Cerveró.

Segundo a publicação, a Procuradoria-Geral da República usará o termo de delação premiada de Diogo Ferreira para encorpar a denúncia que prepara contra Lula, segundo fontes ligadas ao caso.

O acordo foi homologado pelo ministro Teori Zavascki, na última quinta-feira.

A denúncia contra Lula pode ser apresentada pela PGR ao STF até o começo de maio.

O teor dessa delação foi revelado por Época.