Após horas de tumulto, numa sessão que ainda segue em andamento, veio de um dos principais redutos políticos do Partido dos Trabalhadores (PT), Pernambuco, o voto 342 - que corresponde a dois terços dos 513 deputados - em favor do processo do impeachment da presidente Dilma Rousseff.
O voto decisivo para aprovar o pedido de afastamento veio do deputado federal Bruno Araújo (PSDB-PE).
Um dos principais opositores ao governo petista.
O processo segue agora Senado Federal. “Quanta honra o destino me reservou de poder da minha voz sair o grito de esperança de milhões de brasileiros senhoras e senhores, Pernambuco nunca faltou ao Brasil.
Por isso digo ao brasil sim para o futuro”, disse Bruno, que estava emocionado no momento do voto.
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Conforme o calendário proposto pela assessoria técnica da Casa, isso pode acontecer em até 24 dias após a manifestação da Câmara.
Ou seja, até o dia 11 de maio. > Governistas negociam apoio em eleições em troca de votos contra impeachment > Bancada de Pernambuco tem 16 votos a favor e 5 contra impeachment > Começa com tumulto sessão que vai decidir admissibilidade do impeachment No próximo passo, o processo passa a ser julgado pelos senadores.
Caso esse julgamento demore mais do que 180 dias, Dilma poderá retornar ao cargo enquanto o processo segue.
O presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), já afirmou que não pretende acelerar o rito, caso seja aprovado pela Câmara. » Chapa ‘Michel Cunha’ quer dar o golpe, diz líder do PT na Câmara » A favor do impeachment, Priscila Krause diz que se pode esperar milagre » Em vídeo, Jair Bolsonaro treina declaração do voto a favor do impeachment; assista » Legislativo não é mero puxadinho do Poder Executivo, diz relator A sessão no Senado é conduzida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF).
Se ao menos dois terços dos 81 senadores (54 votos) decidirem pela condenação, a presidente da República perderá o cargo e ficará inabilitada por oito anos para o exercício da função pública. » Humberto Costa critica PSB de Paulo Câmara por dar apoio ao PMDB » Cmeça votação do pedido de impeachment da presidente Dilma.
Acompanhe ao vivo » Silvio Costa dispara: “Quem está tentando assumir o poder é o PCC: Partido da Corja do Cunha” Caso o impeachment seja aprovado no Senado, somente a presidente perderá o cargo.
Quem assume em seu lugar é o vice-presidente, Michel Temer (PMDB).
Se, por qualquer razão, ele não puder ficar à frente da presidência, a Constituição estabelece que serão convocados, sucessivamente, o presidente da Câmara, o presidente do Senado e o presidente do STF.