O diretório do PT pretende discutir nos próximos dias que Dilma Rousseff envie ao Congresso Nacional uma proposta de redução de seu próprio mandato e de convocação de eleições presidenciais ainda neste ano, junto das eleições municipais do País.
Segundo a jornalista Monica Bergamo, da Folha de S.
Paulo, a ideia é que ela abra mão de dois anos de mandato mesmo que chegue a ser inocentada de crimes de responsabilidade pelo Senado, que vai julgar se a petista é ou não inocente e se deve ser afastada em definitivo do cargo.
O projeto defendido pelo partido e seus aliados ainda estabelece que o sucessor de Dilma, escolhido pelo voto direto, teria mandato de seis anos, sem reeleição.
Ainda de acordo com a publicação, o discurso acertado será o de que Dilma busca uma solução para a grave crise política que o Brasil atravessa, mas que não será resolvida por um presidente, Michel Temer, que não teria legitimidade por chegar ao poder por meio de um “golpe”, segundo os que defendem a tese, e de forma indireta.
Um presidente eleito diretamente teria legitimidade e maior apoio para comandar o país em situação tão delicada, defendem.
Ao mesmo tempo, acreditam, a população não seria “excluída” da solução do problema, como ocorreria no impeachment.
A proposta também já é discutida na Câmara.
O deputado Wadih Damous afirma que “as ‘diretas já’ são única solução para a crise que será agravada se vingar esse golpe contra a presidente”.