Estadão Conteúdo - Em uma sessão tumultuada, o relator do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, Jovair Arantes (PTB-GO), introduziu a apresentação de seu relatório - que pede a abertura do processo contra a presidente - defendendo a legalidade de sua posição e acusando o governo. “Situação é grave, é hora de reescrever a história”, afirmou.
Para ele, há indícios mais que suficientes de que houve crime de responsabilidade.
LEIA MAIS: » Fiesp paga R$ 150 para ator se vestir de pato » Impeachment: ‘Só no microfone’, diz Tiririca sobre definição de voto » Eduardo Cunha ameaça parlamentares que exibem faixa contra ele na Câmara De acordo com o relator, que chegou a ser interrompido por gritos favoráveis e contrários a Dilma, seu relatório não foi escolha aleatória sem base legal, mas sim com base em fatos graves. “54 milhões de votos não autorizam o descumprimento da constituição”, disse. “Democracia é muito mais que eleição popular, não se pode tudo porque foi eleito”.
Ele disse que defenderia seu relatório com tranquilidade e criticou a base aliada, afirmando que não se pode ganhar votação no grito. » Tiririca deve votar contra o impeachment de Dilma Rousseff » Humberto Costa critica PSB de Paulo Câmara por dar apoio ao PMDB » Começa votação do pedido de impeachment da presidente Dilma.
Acompanhe ao vivo Em defesa da legalidade de seu relatório, Arantes disse que processo foi transparente e que também houve diálogo com o Supremo Tribunal Federal (STF).
Arantes afirmou que impeachment não é golpe e defendeu independência institucional do Congresso. “Legislativo não é mero puxadinho do Poder Executivo”, disse.
Ele ressaltou que a fase atual é de admissibilidade do processo, cabendo ao Senado concluir o julgamento.