O pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff foi aprovado, na noite deste domingo (17), no plenário da Câmara da Câmara dos Deputados e segue para a apreciação do Senado.
Foram 367 a favor, 137 contra, sete abstenções e duas faltas, totalizando 511 votos.
O deputado Bruno Araújo (PSDB-PE) foi quem deu o voto responsável pelo prosseguimento do processo.
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Os destaques ficaram por conta dos discursos de Jair Bolsonaro, Marco Feliciano, Jean Wyllys (que se envolveu em uma polêmica ao cuspir na direção de Bolsonaro) e Tiririca.
Próximos passos Agora, o Senado formará uma comissão de 21 membros, que dará sua opinião sobre a admissibilidade do processo.
Este trâmite pode ser mais rápido do que na Câmara e deve seguir parâmetros parecidos.
Caso aprovado por essa comissão, o pedido passa para a apreciação de todos os senadores.
Se aprovado, Dilma será afastada de maneira provisória de suas funções por um máximo de 180 dias, para abrir caminho ao julgamento propriamente dito.
Deverá ser substituída por seu vice-presidente, Michel Temer (PMDB-SP).
A sessão final do julgamento ocorrerá no plenário do Senado, sob a direção do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF).
São necessários dois terços dos votos do Senado (54 de um total de 81) para afastar a presidente de forma definitiva, independentemente do número de presentes.
Do contrário, ela reassume imediatamente suas funções.