O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) postou em sua página do Facebook, há pouco, uma nota explicando o motivo de ter cuspido no também deputado federal Jair Bolsonaro (PSC), após terminar de anunciar o seu voto no plenário da Câmara dos Deputados.

LEIA MAIS: » Durante votação, Jean Wyllys cospe em direção a Jair Bolsonaro » Bolsonaro lembra militares de 64 e coronel Ustra ao declarar voto a favor do impeachment Por serem do mesmo Estado, os dois votaram no mesmo bloco na Câmara dos Deputados sobre o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Em seu discurso, Bolsonaro enalteceu o ex-chefe de um dos órgãos de repressão da ditadura militar. » Vídeo: No Recife, manifestantes vaiam discurso de Silvio Costa » Jarbas diz que oposição já contabiliza 367 votos a favor do impeachment » Governistas negociam apoio em eleições em troca de votos contra impeachment Confira na íntegra a nota de Jean Wyllys: SOBRE O CUSPE AO FASCISTA Depois de anunciar o meu voto NÃO ao golpe de estado de Cunha, Temer e a oposição de direita, o deputado fascista viúva da ditadura me insultou, gritando “veado”, “queima-rosca”, “boiola” e outras ofensas homofóbicas e tentou agarrar meu braço violentamente na saída.

Eu reagi cuspindo no fascista.

Não vou negar e nem me envergonhar disso. É o mínimo que merece um deputado que “dedica” seu voto a favor do golpe ao torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-chefe do DOI-CODI do II Exército durante a ditadura militar.

Não vou me calar e nem vou permitir que esse canalha fascista, machista, homofóbico e golpista me agrida ou me ameace.

Ele cospe diariamente nos direitos de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais.

Ele cospe diariamente na democracia.

Ele usa a violência física contra seus colegas na Câmara, chamou uma deputada de vagabunda e ameaçou com estuprá-la.

Ele cospe o tempo todo nos direitos humanos, na liberdade e na dignidade de milhões de pessoas.

Eu não saí do armário para o orgulho para ficar quieto ou com medo desse canalha.