Da ABr Começou pontualmente às 14h, no plenário da Câmara dos Deputados, a sessão em que 513 deputados começam a decidir o futuro político da presidenta Dilma Rousseff.
Desde a última sexta-feira (15), foram mais de 42 horas de debates para que a Câmara decida hoje (17) se autoriza ou não o processo de impeachment de Dilma.
A sessão foi aberta com quórum de 265 parlamentares.
A sessão foi aberta pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) que destacou o rito que será adotado neste domingo.
Logo no começo da sessão, o relator do processo na Comissão Especial do Impeachment, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), terá 25 minutos para reapresentar os pontos principais de seu parecer, favorável ao impedimento da presidenta da República.
O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, responsável pela defesa da presidenta, não terá direito à fala hoje.
Cardozo pediu ao presidente da Câmara tempo igual ao do relator para mais uma defesa, mas o requerimento foi recusado por Cunha sob o argumento de que a Câmara vai adotar o mesmo rito do impeachment do ex-presidente Fernando Collor, em 1992, quando só o relator se manifestou nesta etapa do processo.
Após a apresentação de Arantes, os 25 líderes de partidos representandos na Casa terão direito a falar.
Cada um terá entre três e 10 minutos para suas considerações e para orientar a bancada.
O tempo varia conforme o número de deputados de cada legenda na Casa.
A expectativa da Mesa da Câmara dos Deputados é que a votação propriamente dita comece por volta de 16h30.
Conforme determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), em sessão extraordinária realizada na última sexta-feira, a votação seguirá conforme o regimento interno da Câmara, com chamada alternada de deputados da Região Norte para a Sul.
Em cada estado, a chamada será nominal, por ordem alfabética.
Assim, deputado Abel Mesquita Jr (DEM), de Roraima, será o primeiro a votar.
Alagoas será o último estado a se manifestar, com o deputado Ronaldo Lessa (PDT), que encerrará a primeira chamada de votação.
Para os parlamentaras que perderem a primeira chamada, haverá uma segunda convocação para que se manifestem.