Ao declarar seu voto na sessão que vota o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT), o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que é evangélico, pediu que “Deus tenha misericórdia da Nação”.

Cunha é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo recebimento de propina desvendado pela Operação Lava Jato.

O peemedebista já era acusado de ter recebido US$ 5 milhões de propina por um contrato de navios-sondas da Petrobras, conforme foi apontado em delação premiada pelo consultor Júlio Camargo.

O procurador da República, Rodrigo Janot, confirmou as acusações.

Segundo as investigações, o negócio foi feito sem licitação e ocorreu por intermediação do empresário Fernando Soares e o ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró.

Antes da sessão deste domingo, Cunha não havia declarado como seria o seu voto.

Porém, ele foi um dos primeiros integrantes do PMDB a defender o rompimento do partido com o atual governo. “Que Deus tenha misericórdia desta Nação.

Voto sim”, disse Cunha, ao ser chamado a votar pelo 1º secretário da Câmara, deputado Beto Mansur (PRB-SP).