Foto: Lula Marques/Agência PT Estadão Conteúdo - A presidente Dilma Rousseff (PT) lembrou do ex-presidente e ex-senador José Sarney, uma das lideranças do PMDB, durante discurso na cerimônia de assinatura do decreto que regulamenta a transferência do domínio do Estado do Amapá de terras pertencentes à União.

Nem o evento e nem o discurso foram informados previamente pelo Planalto, e a cerimônia, realizada na tarde desta sexta-feira, 15, só foi incluída na agenda da presidente em uma atualização feita à noite.

No pronunciamento, uma tentativa de mostrar que segue trabalhando mesmo na reta final da avaliação do processo de impeachment contra ela na Câmara, a presidente cumprimentou parlamentares pelo processo de regularização das terras, um processo “intenso de negociação, de discussão, que envolveu não só o governo, não só as bancadas, mas também envolveu a sociedade civil”, afirmou, em material gravado pelo Planalto e divulgado posteriormente.

LEIA TAMBÉM: > Sílvio Costa falará por 50 minutos em defesa de Dilma neste sábado > Em derradeira defesa de Dilma, Eduardo Cardozo diz que impeachment coloca povo na periferia da história “Eu agradeço aos senhores, porque participaram desse processo, e eu tenho certeza também que nós aqui devemos lembrar também o senador Sarney, que participou também desse processo (…) neste que é, talvez, eu diria, a modernização maior para o Estado do Amapá, que é ter suas próprias terras”, completou a presidente.

LEIA TAMBÉM: > Resenha Política debate, no Portal NE10, reta final do impeachment de Dilma > No Recife, militantes pró-Dilma montam acampamento em praça pública Ainda no evento, a presidente disse que todas as questões relacionadas às terras amapaenses, sejam as quilombolas, de assentamentos, “enfim, todas aquelas que impactam populações tradicionais que vivem nessas regiões foram consideradas”, afirmou. “E acredito também que é fundamental que a União não seja a proprietária das terras do Estado.

Porque seria de fato uma contradição a União, e não o Estado, deter as terras.” Dilma lembrou que o Amapá era o último Estado da federação a não ter suas próprias terras e que o ato de transferência das terras da União “é um instrumento de maior crescimento para o Estado e para sua população”, concluiu.