Foto: Divulgação Um dos representantes do PSDB a discursar na tribuna da Câmara nesta sexta-feira (15), primeiro dia das discussões que antecedem a votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o deputado federal Bruno Araújo (PSDB-PE) foi taxativo: “O fim desse governo é um passo obrigatório para o Brasil iniciar um caminho de recuperação”. “Quando melhoram as chances de saída de Dilma, melhoram as chances de inflação, juros e retomada do emprego.

Muitas das medidas que o Brasil precisa urgentemente enfrentam resistência do PT.

Com Dilma no poder, a aflição do desemprego e a angústia com a alta dos preços só aumentam.

Disso tudo já se forma um consenso: sem Dilma, o Brasil pode iniciar um caminho de recuperação”, afirmou o parlamentar.

LEIA TAMBÉM: > PP fecha questão pró-impeachment, mas deve adotar tolerância com alguns > Sílvio Costa falará por 50 minutos em defesa de Dilma neste sábado O tucano lembrou que, há menos de dois anos, a presidente Dilma anunciou um governo com pleno emprego, desenvolvimento econômico e aumento dos programas sociais. “Tachava aqueles que não acreditavam nessas falsas promessas de serem patrocinadores do ‘quanto pior, melhor’ e inimigos do País”, disse Araújo. “Esse governo vendeu ilusões.

Mantiveram a farsa até a chegada das eleições sob o argumento de que foram manobras necessárias para pagar benefícios sociais quando, na verdade, Dilma herdava de si mesma um país caótico, endividado e absolutamente desacreditado”, ressaltou.

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Como não é crime?

O parlamentar reforçou a importância de o Parlamento fazer cumprir a Constituição, punindo um governante que atenta contra as leis Orçamentária e de Responsabilidade Fiscal, como fez a presidente Dilma, para evitar que outros gestores incorram na mesma ilegalidade e novamente “cometam crimes que prejudicam a população para se manter no poder a qualquer custo”. “Com o impeachment da presidente Dilma, o recado será claríssimo: esse tipo de delito não se repetirá na história do Brasil.

Serão as instituições mostrando que há limites, que as regras devem ser cumpridas, que a democracia precisa ser respeitada.

E quem transgride não ficará impune, mesmo que seja o presidente da República.

Os 54 milhões de voto de Dilma não lhe autorizam a fazer o que bem entende.

Se o critério da legitimidade for por quantidade de votos, mais uma vez a Constituição foi sábia: a presidente estará em julgamento por um Congresso de 108 milhões de voto, o dobro da votação da presidente Dilma”.