Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil Estadão Conteúdo - Vice-líder da bancada do PT na Câmara, o deputado Henrique Fontana (RS) defendeu nesta quarta-feira, 13, que os governistas entrem com uma ação judicial no Supremo Tribunal Federal pedindo que a ordem de chamada dos deputados na votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff seja alfabética e não por região (começando pelos parlamentares dos Estados do sul do País). “É mais uma ilegalidade.

O presidente Eduardo Cunha (presidente da Câmara dos Deputados) é o líder do golpe.

O critério republicano é a ordem alfabética”, pregou.

O parlamentar disse que os governistas estão preparando medidas para garantir a isenção do processo de votação.

Ele também condenou a votação no domingo e disse ver risco de conflagração social.

Fontana afirmou que a base aliada vai pressionar o presidente da Casa a oficializar sua decisão nesta quarta.

Cunha já divulgou todo o cronograma da votação no fim de semana, mas ainda não confirmou oficialmente o critério que adotará na votação nominal, embora já tenha informado os líderes de sua decisão.

O petista acusou o peemedebista de usar prazos conforme os “interesses do golpe”. “Ele está abrindo mão de um critério isento e republicano para decidir mais uma decisão deste tribunal de exceção”, afirmou.

Clima O vice-líder era um dos poucos petistas na Casa nesta manhã.

Parlamentares se reuniram em grupos hoje para traçar uma estratégia que impeça o andamento do impeachment da presidente da República. “É um clima muito difícil”, confidenciou um petista.

O deputado reclamou da falta de liderança do partido, da bancada e do próprio governo às vésperas da votação.

O discurso oficial é de que a oposição não tem os 342 votos necessários para aprovar o impeachment.

Eles admitem que também não têm os 172 favoráveis ao governo.

A ordem é que os petistas mapeiem os votos de seus Estados e façam o corpo-a-corpo com os indecisos. “Até domingo, tem de trabalhar.

O cenário está disputado”, resumiu o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG).