Pernambucano brilhou mais uma vez em Brasília, nesta quarta-feira Pernambucano brilhou mais uma vez em Brasília, nesta quarta-feira (13), na audiência pública da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar a atuação da Fundação Nacional do Índio (Funai) e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) na demarcação de terras indígenas.

LEIA TAMBÉM: » Mendonça Filho diz que Dilma transformou o Palácio do Planalto em palco de comícios Quem estava convidado a dar depoimento foi o secretário de Finanças e Administração da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Aristides Veras dos Santos.

O cara é natural de Pernambuco.

Em cerimônia no Palácio do Planalto, no dia 1 de abril, Aristides Veras incitou a violência e o cometimento de crimes, ao incentivar que os trabalhadores rurais ocupassem gabinetes e fazendas de parlamentares.

O pedido de oitiva com o secretário da Contag foi feito pela deputada Tereza Cristina (PSB-MS). “Diante dessas declarações, de incitação à violência e ao cometimento de crimes, essa Comissão Parlamentar de Inquérito possui o dever, regimental e moral, de intimá-lo para prestar esclarecimentos”, diz a justificativa para a reunião.

No entanto, o depoente ganhou liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) que lhe garantiu o direito de permanecer em silêncio na CPI e de ser assistido por seu advogado, Ivaneck Perez Alves.

Após a fala inicial do depoente, informando que iria se calar, o relator da CPI, deputado Nilson Leitão (PSDB-MT), afirmou que lamentava que “quem falou tanto dentro da estrutura do Palácio do Planalto vai ficar calado na Casa do povo”. “A bancada da bala no Congresso Nacional, vocês sabem que é forte, e a forma de enfrentar a bancada da bala contra o golpe é ocupar as propriedades deles ainda lá nas bases, lá no campo.

E a Contag e os movimentos sociais do campo é que vão fazer isso”, disse Aristides na cerimônia com Dilma. “Foi uma ameaça a todos que são a favor do impeachment”, argumentou Nilson Leitão.

Ele acrescentou ainda que, por coincidência ou não, houve invasão da propriedade do líder do PMDB no Senado, senador Eunício Oliveira (CE).

Agricultor rico O relator afirmou ainda que Aristides reside em apartamento na Asa Sul, questionou onde ele exerce a atividade de agricultura e disse que o padrão de vida do depoente é muito distinto dos trabalhadores que ele representa.

O parlamentar questionou ainda como foram pagas diversas viagens internacionais do secretário da Contag e perguntou se os trabalhadores que ele representa sabem que ele possui o carro Honda Civic no valor de R$ 60 mil.

Além disso, perguntou se esses agricultores o autorizaram “a falar em nome deles defendendo um partido político e a presidente Dilma Rousseff”.

A CPI já mapeou a evolução patrimonial do agricultor.

Só o apartamento de Brasília estaria avaliado em R$ 2 milhões.

Veras ainda teria outro apartamento no Recife, em Pernambuco. “Com filhos em escolas com mensalidade de R$ 2 mil”.

Dirigente nega propriedade Por meio de sua assessora de imprensa, a Contag informou, nesta quinta, que o diretor da Contag reside em apartamento em Brasília que pertence à Contag e não a um de seus diretores. “O secretário de Finanças e Administração da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Aristides Santos, não é proprietário de imóvel em Brasília, localizado na Asa Sul.

Este referido imóvel pertence à Contag desde 1988 e está disponibilizado aos seus dirigentes durante os respectivos mandatos", informou a entidade. “A Contag respeita a opinião de todos e todas, não entrará no mérito de outras informações que constam na matéria publicada”, afirma, em nota enviada ao blog.

Confira na íntegra a fala do relator a partir dos 21 minutos do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=AA4Ja85U3rA Com informações da Agência Câmara e fontes do Blog Pernambucano Aristides Veras dos Santos nasceu em Tabira, Região do Sertão do estado de Pernambuco. É graduado em Letras.

Concluiu o curso em 1995 pela Universidade de Formação de Professores de Afogados da Ingazeira (PE).

Iniciou sua militância política nos anos 80 nas Comunidades Eclesiais de Base e na Pastoral da Juventude da Igreja Católica.

Ajudou a criar o Partido dos Trabalhadores (PT), em 1987, e disputou a prefeitura em 1988.

Foi vereador pelo PT, exercendo dois mandatos, de 1997 a 2004; e vice-prefeito de Tabira, de 2004 a 2008.

No Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, Aristides Santos ingressou em 1985.

Em 1987, com apenas 23 anos, foi eleito presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Tabira.

Exerceu três mandatos na Presidência do Sindicato nos períodos de 1987 a 1990 e de 1995 a 2001.

Foi vice-presidente da Central Única dos Trabalhadores – CUT de Pernambuco, no período de 1990 a 1995.

Em julho de 2002 foi eleito presidente da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura do Estado de Pernambuco (Fetape), numa eleição disputada em que a Fetape estava divida entre duas chapas.