O pernambucano da Contag que ficou fam oso ao ameaçar invasão de terras, ao lado de Dilma no Palácio, correu o risco de sair preso na CPI da Funai, depois de ter sido chamado de bandido por alguns parlamentares.

Durante cerimônia no Palácio do Planalto, no dia 1º de abril, Aristides disse: “A bancada da bala no Congresso Nacional, vocês sabem que é forte, e a forma de enfrentar a bancada da bala contra o golpe é ocupar as propriedades deles ainda lá nas bases, lá no campo.

E a Contag e os movimentos sociais do campo é que vão fazer isso.” A deputada Tereza Cristina (PSB-MS) lamentou o silêncio do secretário de Finanças e Administração da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Aristides Veras dos Santos, durante o depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar a atuação da Fundação Nacional do Índio (Funai) e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) na demarcação de terras indígenas.

Autora do requerimento de convocação, Tereza Cristina afirmou que esperava que Aristides pudesse se desculpar na CPI durante o depoimento. “Não é possível que em um País que dá o direito à propriedade haja esse tipo de ameaça”, afirmou a deputada. “Incitar a invasão não está certo, não pode acontecer em um País democrático como nosso”, completou.

Tereza Cristina defendeu o seu direito de ser a favor do impeachment sem que sua fazenda seja invadida.

O deputado Valdir Colatto (PMDB-SC) informou que conversou com outros dirigentes da Contag que não compactuam com a fala de Aristides.

O parlamentar também disse que esperava pedido de desculpas do depoente. “Se ele tivesse falado aqui o que falou no Palácio do Planalto, eu teria mandado prendê-lo”, destacou.

Colatto questionou ainda qual a renda do secretário da Contag advinda da sua propriedade agrícola.

O deputado Delegado Éder Mauro (PSD-PA) afirmou, em tom elevado, em pé e com o dedo em riste, que o secretário é “bandido financiado pela [presidente da República] Dilma [ROUSSEFF]”.

Já o deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) questionou por que Aristides não respondeu nem mesmo as perguntas relativas à atuação da Contag e afirmou que o depoente responderá em juízo por essa postura.

Ele defendeu que a CPI faça a representação na Justiça.

Além disso, perguntou se o secretário da Contag é filiado a algum partido político.

Aristides Veras continuou fazendo uso da liminar do Supremo Tribunal Federal que lhe garante o direito de permanecer em silêncio na CPI.

A reunião continua acontecendo em clima de bastante tensão.

Com informações da Câmara dos Deputados Pernambucano da Contag que ameaçou invasão de terras, ao lado de Dilma no Palácio, vira alvo de CPI da Funai