Foto: Reprodução / Internet Estadão Conteúdo - O governo, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), afirmou que recorrerá da decisão liminar que suspendeu a nomeação do ministro da Justiça, Eugênio Aragão.

Nesta terça-feira, 12, a juíza federal substituta Luciana Raquel Tolentino de Moura, da 7.ª Vara de Brasília, anulou, em caráter provisório, a posse de Aragão.

De acordo com Raquel, como ele é membro do Ministério Público (MP), não pode continuar no cargo.

Em março, o Supremo Tribunal Federal (STF) proibiu promotores e procuradores de Justiça de assumir postos na administração federal.

A regra, no entanto, valeria apenas para quem ingressou na carreira depois da promulgação da Constituição, em 1988.

Aragão tornou-se procurador em 1987.

Segundo ela, porém, a definição do STF vale para todos os integrantes do MP, independentemente do ano de ingresso na carreira.

A tese foi discutida pelos ministros da Corte em março, depois de o ex-ministro Wellington Lima e Silva, que é procurador da Bahia, tomar posse na Justiça.

Relator do caso, o ministro Gilmar Mendes, do STF, disse que a situação do atual ministro da Justiça ainda tem de ser debatida pela Corte.

Após Aragão assumir o cargo, no dia 17, o PPS entrou com uma ação no Supremo para anular a nomeação.

O partido alega que a situação do ministro é a mesma de Silva, que decidiu deixar o posto.

O caso ficou sob a relatoria da ministra Cármen Lúcia e ainda não foi levado ao plenário do tribunal.