Foto: USP/Divulgação.
Investigadores da Lava-Jato encontraram um pagamento da empreiteira OAS para uma igreja indicada pelo ex-senador Gim Argello (PTB-DF), Ppreso nesta terça-feira (12) na 28ª fase da operação, apelidada de “Vitória de Pirro”.
Ele é acusado de receber propina para não convocar empreiteiros em CPIs da Petrobras no Congresso. É o segundo pagamento para uma igreja detectado pela investigação.
LEIA MAIS: » PF prende ex-senador Gim Argello por corrupção na CPI da Petrobras De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), em 15 de maio de 2014, quando foi instalada a CPI da Petrobras no Senado, o presidente afastado da empreiteira OAS, José Adelmário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro, enviou uma mensagem a um interlocutor em que pediu o pagamento de R$ 350 mil para a conta de uma paróquia no Distrito Federal.
De acordo com informações do Correio Braziliense, o centro de custo apontado era “Obra da Renest (sic)”, uma referência à sigla Rnest, a refinaria de Abreu de Lima da Petrobras, em Pernambuco, onde a OAS prestava serviços à estatal.
O pagamento foi realizado em 19 de maio, de acordo com documentos da empreiteira.
A força-tarefa de procuradores e os policiais federais identificaram que o ex-senador é “frequentador da paróquia e manteve contatos frequentes com executivos da OAS por meio de ligações e encontros no período de funcionamento” das CPIs da Petrobras do Senado e do Congresso.
No entanto, o Ministério Público diz que a igreja não tinha conhecimento da irregularidade.