Um dia depois de a presidente Dilma ter o pedido de admissibilidade do pedido de impedimento aceito na Câmara dos Deputados, algumas estatais parecem ter acordado para a importância de prestar contas à população.

A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), por exemplo, destaca, entre seus desafios, recuperar, modernizar e ampliar a malha metroferroviária nas cinco grandes cidades em que atua: Belo Horizonte, Recife, Natal, João Pessoa e Maceió.

No caso do Recife, o Metro está nas mãos do deputado Silvio Costa, do PT do B, vice líder do governo.

Já foi dominado pelo PP de Eduardo da Fonte.

Para o presidente Marco Fireman, tão importante quanto a inclusão da Companhia no PAC da Mobilidade e a articulação com o governo federal para a liberação de recursos este ano, seria o respeito ao cidadão que utiliza o sistema metroferroviário. “Diante da atual situação do país, a meta é ainda mais desafiadora.

Cumprimos um papel social na mobilidade urbana.

Transportamos mais de 600 mil pessoas por dia. É o único serviço do Brasil subsidiado em quase sua totalidade, e é justamente essa visão que procuramos fortalecer nas nossas ações”.

A estatal diz que, para atender à crescente demanda de passageiros, investiu R$ 323 milhões na compra de 25 novos trens (10 para Belo Horizonte e 15 para Recife), que juntos beneficiam cerca de 570 mil passageiros/dia nessas duas capitais.

Em Recife, que opera o terceiro maior sistema de trens metropolitanos do país com 71 quilômetros, serão investidos este ano R$ 61 milhões na melhoria da infraestrutura da via.

De acordo com os números da empresa, a partir de 2010, o número de passageiros transportados anualmente nos sistemas Belo Horizonte, Recife, Natal, João Pessoa e Maceió passou de 125 para 179,9 milhões em 2015, com destaque para a demanda do sistema de Recife, que chegou a 112,2 milhões de pessoas, assim como de Belo Horizonte, que levou 61,1 milhões de usuários aos seus destinos. “Nesse processo, é importante destacar e fortalecer a competência e a importância da CBTU na gestão dos sistemas de transporte de passageiros urbanos sobre trilhos.

Estamos unidos e comprometidos para evitar cisões, não podendo abrir mão de nenhuma das nossas unidades para os governos estaduais, garantindo o equilíbrio econômico-financeiro da Companhia”, diz Marco Fireman.