Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil Estadão Conteúdo - Às vésperas da votação do parecer pela admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Comissão Especial, Brasília teve um fim de semana de reuniões estratégicas.
LEIA MAIS: » Comissão do impeachment encerra fase de discussão do parecer » PP começa a desembarcar do governo Dilma » Marina Silva volta a defender cassação da chapa Dilma e Temer A base governista se concentrou em buscar votos para evitar uma derrota expressiva hoje na comissão.
Se isso ocorrer, avaliam governistas, poderá ampliar a percepção de fraqueza e de isolamento político da presidente Dilma.
Na outra ponta, a oposição avalia que uma boa vitória hoje na comissão, aliada aos eventos da semana passada decorrentes da Operação Lava Jato, lhe dará fôlego nesta semana decisiva. » Vídeo: PSDB mobiliza governadores e aliados em apoio ao impeachment de Dilma » “País vai retomar o crescimento sob o comando da presidente Dilma”, diz Armando De acordo com o Placar do Impeachment, do jornal O Estado de S.
Paulo, ao menos 35 dos 65 deputados da comissão, que se reúne a partir das 1oh de hoje, se declaram favoráveis ao impeachment. É necessária maioria simples.
Por isso, a expectativa da oposição e do governo é de que o impeachment comece a ser votado em plenário na sexta-feira.
A votação deverá terminar no domingo.
São necessários 342 votos dos 513 deputados para o impeachment ser aprovado.
Para a oposição, o momento é favorável ao impedimento e o placar na comissão vai variar de 35 a 39 votos pelo afastamento. » Contra impeachment, Dilma negocia cargos com verbas de R$ 38 bi » Aprovação ao governo Dilma oscila de 10% para 13%, mostra pesquisa » Em vídeo, Tadeu Alencar reforça apoio do PSB ao impeachment de Dilma Rousseff Já aliados da presidente afirmam que, se houver derrota na comissão, será por uma margem de, no máximo, dois votos.
O Planalto busca ao menos 30 votos favoráveis.
Ontem, Dilma se reuniu com ministros para avaliar o cenário da semana. “Será um placar apertado”, previu o vice-líder do governo, deputado Paulo Teixeira (PT-SP). “Vai ser por um placar apertado, mas vamos perder ganhando”, disse o vice-líder do governo, Silvio Costa (PT do B-PE).
O governo começou a semana com pequenas vitórias que, avaliam, ajudará a obter essa margem apertada de votos desta segunda-feira, 11. » Procuradores veem indícios contra Dilma e Aécio » Pesquisa aponta que 59,9% dos recifenses são a favor do impeachment de Dilma » Dilma: governo faz grande esforço para não parar programas sociais importantes O presidente da Comissão Especial, deputado Rogério Rosso (PSD-DF), decidiu que não haverá chamada nominal, o que faz com que os votantes se manifestem apenas por meio do painel eletrônico.
A oposição avaliava que a votação nominal pressionaria, sob os holofotes da oposição, os deputados a votar contra o governo.
Após conversa com o advogado-geral da União, ministro José Eduardo Cardozo, que ligou para confirmar presença na sessão de hoje, Rosso - que tendia a acatar o pedido da oposição para chamada um a um - consultou o regimento e concluiu que a solicitação da oposição só poderia ser acatada se o painel estivesse indisponível.