Recifenses avaliam que se a situação da economia fosse boa, não haveria apoio da população ao impeachment De acordo com um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), divulgado neste sábado (9), 59,9% dos recifenses é favorável a destituição do mandato da da presidente Dilma Rousseff (PT).
A análise, encomendada pelo Jornal do Commercio em parceria com o Portal LeiaJá, revela, no entanto, que o motivo do processo – as pedaladas fiscais – não é associado como justificativa do impeachment.
Questionados sobre os motivos que corroboram para o impedimento da petista, 43,7% dos entrevistados disseram que Dilma é pilantra, corrupta e ladra e, por isso, deve deixar o comando do País.
Além disso, 16,1% dos recifenses ouvidos pelo IPMN apontam ainda que Dilma não sabe governar, é incompetente ou péssima administradora; 7,2% justificou apontando a crise econômica; 5,7% disse que ela é mentirosa; 3,7% que não faz nada; 3,4% não presta; 2,9% afundou o Brasil; e 1,1% menciona as pedaladas fiscais.
Dos 33,2% que se colocaram contrários ao pedido de impeachment, 28,6% não souberam classificar o motivo pelo qual são contrários ao assunto.
Já os que se posicionaram 10,6% disseram que Dilma não é culpada, é inocente ou que confiam nela; 7,8% pontuaram o processo como injusto e armação; 5,5% disse que Dilma ajuda os pobres e mantem programas sociais; 4,2% a considerou honesta e disse que ela não é corrupta; e 1,4% mencionou que o impeachment é inveja política.
Mesmo com a maioria sendo favorável ao impeachment, os recifenses se dividem quando são questionados sobre o resultado o processo.
Dos entrevistados, 46,2% acreditam que Dilma Rousseff sofrerá impeachment e 45,6% que a petista vai concluir o mandato.
GOLPE Embora o País experimente dias de polarização extrema, a pesquisa aponta que, no Recife, para mais da metade dos entrevistados (59,9%) impeachment não é considerado golpe à democracia.
Os defensores do governo pregam que o impedimento seria uma ruptura institucional.[/TEXTO]Mas para 51,3% dos entrevistados, a saída menos traumática da crise seria a realização de nova eleição presidencial, como defendeu semana passada a ex-candidata à Presidência da República Marina Silva (Rede).
Para chegar à radiografia do cenário, o instituto ouviu 624 pessoas no início da semana (dias 4 e 5 de abril).
As entrevistas foram realizadas somente no Recife e os entrevistados tinham que ser eleitores com mais 16 anos.
A margem de erro é de quatro pontos para mais ou para menos.
Do percentual de pessoas ouvidas, 55,3% são mulheres e 48,9% têm ensino médio completo ou superior incompleto.