Foto: Marcello Casal Jr./ Agência Brasil (arquivo) Estadão Conteúdo - O Planalto elegeu o voto do deputado Paulo Maluf (PP-SP) na Comissão Especial do impeachment como determinante para ser perseguido até segunda-feira, quando o relatório favorável ao impedimento da presidente Dilma Rousseff será apreciado no colegiado.
A busca pelo parlamentar parte do princípio de que ele pode mudar novamente sua posição e ser, nas contas do governo, o 33.º voto de desempate em favor da petista.
LEIA MAIS: » Paulo Maluf diz que pode votar pelo impeachment de Dilma » Com voto de Maluf, comissão passa a ter maioria favorável a impeachment de Dilma Maluf migrou nos últimos dias de uma posição contra o impeachment para uma posição indefinida e, depois, para uma favorável.
Além dele, o governo vai passar o fim de semana empenhado em conseguir mais votos para derrubar o relatório.
Há 65 votantes na comissão.
Segundo o Placar do Impeachment do Estado, até as 20h30 de ontem, 35 deputados do colegiado são a favor do impeachment.
Na quarta-feira, o relator Jovair Arantes (PTB-GO) apresentou parecer favorável ao processo de impedimento Ontem, a tropa de choque do governo - os ministros Ricardo Berzoini e Jaques Wagner e o assessor especial da Presidência Giles Azevedo - se reuniu para fazer esta contabilidade.
O governo recomendou aos líderes que continuem investindo nos parlamentares para mostrar que argumentos para tentar afastar Dilma são “totalmente políticos”, “sem base na realidade” e “indefensáveis”. » Justiça francesa condena Maluf e seus familiares a três anos de prisão » TSE nega candidatura a Paulo Maluf O debate na comissão começou ontem em uma sessão amena que se estenderia até a madrugada de hoje, uma vez que 116 deputados - entre membros e não membros - se inscreveram para defender ou rechaçar o pedido de afastamento da presidente. » TJ-SP suspende direitos políticos de Maluf por 5 anos Até a 1h30 de hoje, após dez horas de sessão, 37 inscritos haviam falado, nenhum do PP ou do PR, partidos que negociam sua permanência na base.
Parlamentares passaram a noite saindo e chegando ao plenário.
Uma nova defesa oral do advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, seria apresentada nesta madrugada, mas foi adiada para segunda-feira.