Marcelo Camargo / Agência Brasil Estadão Conteúdo - A mudança de posicionamento do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) fez a oposição atingir a maioria dos votos na Comissão Especial do impeachment para aprovar o parecer do relator, deputado Jovair Arantes (PTB-GO).

LEIA TAMBÉM: » Oposição diz contar com mais de 342 votos pelo impeachment » Com voto de Maluf, comissão passa a ter maioria favorável a impeachment de Dilma » Oposição defende fim de semana de trabalho para discussão do relatório do impeachment Trinta e três deputados disseram que vão referendar o documento de Jovair, favorável ao afastamento da presidente Dilma Rousseff, com base nas pedaladas fiscais.

Até as 23h desta quinta-feira, o Placar do Impeachment do jornal O Estado de S.

Paulo mostrava que, no colegiado, 20 deputados devem ser contra o parecer, enquanto nove estão indecisos. » Paulo Maluf diz que pode votar pelo impeachment de Dilma » Oposição e movimentos realizam ato pró-impeachment no Palácio do Planalto » Oposição quer impedir Eduardo Cardozo de defender Dilma na Comissão do Impeachment Os parlamentares Weliton Prado (PMB-MG), Edio Lopes (PR-RR) e Jhonatan de Jesus (PRB-RR) não quiseram responder à reportagem.

A votação do parecer está programada para segunda-feira, dia 11.

Até quarta-feira, Maluf, que foi governador e prefeito de São Paulo, havia se declarado contrário ao afastamento da presidente Primeiro, o deputado mudou de posição dizendo que ficara indeciso para, mais tarde, dizer que havia decidido pelo impeachment da presidente. » Oposição vai ao STF por impeachment » Oposição vai usar nova fase da Lava Jato para pressionar debate do impeachment » Oposição articula comitê para receber doações e coordenar ações pró-impeachment No começo da noite de ontem, o placar geral mostrava que, aprovado o relatório de Jovair na comissão, o afastamento da presidente contava com a intenção de voto de 274 deputados federais.

Contrários ao impeachment se declararam ontem 114 parlamentares.

Outros 63 permaneciam indecisos enquanto 62 não responderam.

Para passar no plenário da Câmara, o relatório tem de ser aprovado por 342 deputados.

As informações são do jornal O Estado de S.

Paulo.