A decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que receba um pedido de impeachment do vice-presidente Michel Temer parece não ter agradado o deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE).
LEIA MAIS: » Jarbas apresenta projeto de “ficha limpa” para barrar deputados denunciados no STF » Jarbas diz que rompimento do PMDB consolida processo de impeachment de Dilma » Jarbas Vasconcelos diz que voto dos indecisos deve ser pelo impeachment de Dilma Durante entrevista concedida à Rádio Jornal na manhã desta sexta-feira (8), o pernambucano demonstrou insatisfação com a interferência do STF na Câmara. “A interferência do Judiciário no Legislativo é muito ruim e acho que o contrário também não seria uma coisa boa.
O Supremo não deveria interferir no rito do impeachment nem mandar desarquivar pedido de impeachment contra o vice-presidente, a Câmara que decide isso”, disse Jarbas.
O pernambucano também criticou a posição do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), que pretende marcar a votação para o dia 17 de abril, um domingo, para coincidir com uma possível manifestação em frente ao Congresso e permitir uma maior audiência televisiva que poderia constranger os contrários ao impeachment. » Pesquisa aponta Jarbas Vasconcelos como a liderança mais admirada do País » Raul Henry e Jarbas Vasconcelos defendem saída do PMDB do Governo Dilma “Sou contra a votação do Impeachment no domingo.
Pra que votar no domingo?
Pra atender Cunha?
Não é para ser espetáculo, deve ser feito dentro da liturgia da casa, de segunda a sexta-feira”, ressaltou. » “Novas eleições são desejo da maioria dos brasileiros”, diz Geraldo Julio » Dilma sobre novas eleições: ‘Convença o Congresso e depois fale comigo’ » PT não descarta discussão sobre novas eleições, segundo Humberto Costa » Com Marina, Rede lança nesta terça em Brasília campanha por novas eleições Jarbas ainda disparou contra a campanha por novas eleições como solução para a crise política enfrentada pelo País. “Sou contra puxar eleições para agora.
Não se resolve.
E também acho que se tivesse eleições hoje, não teria dificuldade de renovar meu mandato”, concluiu.
A decisão O ministro Marco Aurélio Mello se manifestou na última terça-feira (5) em resposta a uma ação do advogado mineiro Mariel Márley Marra, que enviou o pedido à Câmara e recorreu da decisão de Cunha de arquivar a denúncia por crime de responsabilidade contra Temer. » Agência Sindical repercute e critica propostas do ‘Plano Temer’ » Ministro do STF manda Cunha seguir com pedido de impeachment de Temer » Dividida, Rede lança nesta terça-feira a campanha ‘Nem Dilma, nem Temer’ Segundo Mello, Cunha praticou um “ato monocrático”, contrariando o que determina a lei do impeachment (1.079/1950).
O ministro determinou que seja criada uma comissão especial para emitir um parecer sobre a abertura ou não do processo contra o vice-presidente.
Em seu despacho, o ministro afirmou que Cunha “queimou etapas” ao não encaminhar a denúncia para análise de uma comissão especial. “O presidente da Câmara dos Deputados, após proclamar o atendimento dos requisitos formais da denúncia, a apreciou quanto ao mérito – a procedência ou improcedência –, queimando etapas que, em última análise, consubstanciam questões de essencialidade maior”. » Lula: ‘Você quer ser presidente, Temer?
Disputa eleição’ » Eduardo Cunha recusa pedido de impeachment contra Temer feito por Cid Gomes Na denúncia protocolada na Câmara, Marra usa como argumento para o pedido de impeachment de Temer a assinatura de decretos de crédito suplementar sem autorização do Congresso, mesma acusação feita contra a presidente Dilma Rousseff.