O Projeto Recife Bom para Viver – que consiste em visitas às regiões administrativas da Capital – tem se defrontado com bons exemplos de empreendedorismo. É o caso de Seu André, que reside em um alto da Macaxeira, Zona Norte.
Ele passou a colher sofás abandonados nas ruas, para reciclar e revendê-los.
E hoje mantém a família com esse tipo de serviço.
Já conseguiu até comprar uma casinha.
De quebra, ainda limpa as ruas, prestando um bom serviço à limpeza da cidade.
Em Beberibe, há “Coxinhas no pote”.
A guloseima é ofertada em porções de 12, 24, 36 unidades, ao custo de R$ 2, R$ 5 e R$ 10.
Vende como banana, diz.
A economia solidária também marca presença nas áreas populares.
Na Paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Beberibe, a Pastoral Social coleta roupas usadas, e vende as peças, aos sábados, em frente ao templo.
Os preços são simbólicos: entre R$ 1 e R$ 2 por peça.
O dinheiro é revertido para ações sociais.
E na Linha do Tiro, os Trapeiros Emaús mantêm uma cooperativa com 23 associados.
Eles recolhem peças usadas, reciclam e as vendem.
Há um bazar, todos os sábados, às 10h.
E também às quintas, às 14h.
E vale tudo: de móveis a eletrodomésticos. À frente do Projeto Recife Bom para Viver, o Presidente do PV de Pernambuco, Carlos Augusto, afirma ser necessário que esses pequenos empreendedores recebam mais incentivos.
Entre os jovens, a queixa é grande quanto à falta de apoio para que iniciem seus pequenos negócios.
A reclamação é comum, na faixa etária de 16 a 25.
E é mais citada inclusive do que a falta de segurança nos bairros.
Pelo menos é assim que vêm se posicionando os jovens que foram ouvidos pelo Projeto Recife Bom para Vier.
Na Praça Zumbi dos Palmares, na Macaxeira, rapazes reclamam da dificuldade de arranjar trabalho.
Por esse motivo, improvisaram a oferta de serviços de lavagem de automóveis no meio da rua.
Para concorrer com os lava-a-jato tradicionais, cobram metade do preço.
Eles dizem que o trabalho seria uma válvula de escape para livrar os jovens do convívio com as drogas. “Principal problema da gente é a falta de serviço e a dificuldade para abrir um pequeno negócio.
Lá em cima a situação é feia, a droga rola solta, parece até a Rocinha”, disse um rapaz de 20 anos, sem trabalho nem estudo, que pediu para não ser identificado.