O vice-governador Raul Henry fez palestra durante almoço oferecido pelo Rotary Club do Recife, restaurante Adega, no Clube Português.

O vice falou sobre As perspectivas de Pernambuco na atual conjuntura brasileira.

O evento reuniu cerca de 50 pessoas Depois de abrir sua apresentação mostrando o caminho virtuoso que o Brasil vinha trilhando, nos últimos 30 anos, o vice reclamou da janela de oportunidade que foi “jogada fora pelo atual Governo Federal, em nome de uma política populista”. “Houve um crescimento de arrecadação de R$ 700 bilhões por ano, o que daria para fazer, a cada ano, cem transposições do Rio São Francisco, mas o Brasil não fez o que tinha que ser feito”, afirmou.

Para o vice Raul Henry, o país não fez o dever de casa em relação à infraestrutura, reformas de segunda geração (tributária, trabalhista, previdenciária), reforma educacional e, ainda, destruiu os fundamentos da economia. “A Reforma da Previdência, por exemplo, o Governo não trata do assunto porque é impopular”, criticou.

Na palestra, depois de reclamar que mais de dois milhões de brasileiros perderam seus empregos no ano passado e a queda do PIB para -3,8%, o vice-governador passou a explanar o reflexo disso no Estado. “Pernambuco teve uma queda real de receita de R$ 3,6 bilhões de 2014 para 2015.

Mesmo assim, estamos fazendo um esforço para honrar nossos compromissos.

Atualmente, já são mais de dez estados brasileiros com folha de pagamento atrasada”, comentou.

Raul Henry chamou a atenção para o número de desempregados em Pernambuco, quase 90 mil, oriundos sobretudo da indústria, de Suape. “Esse é o resultado da crise que nós não temos responsabilidade na origem dela”, lamentou.

Apesar do momento econômico difícil, Raul Henry se disse esperançoso na retomada breve do crescimento de Pernambuco. “Nosso estado é reconhecido nacional e internacionalmente como um bom ambiente para negócios, em função da sua localização, da sua infraestrutura e da sua economia diversificada.

Nos últimos 10 anos, nosso desempenho econômico foi melhor que o do Brasil.

Isso é o que nos dá a esperança que nós saiamos da crise antes que o restante do país”, argumentou.

Já sobre o país, o vice-governador afirmou que o Brasil precisa fazer o seu dever de casa. “O mundo confia no Brasil, mas temos que sentar em torno de uma mesa para cumprir uma agenda nacional que, lamentavelmente, o Governo Federal não teve a coragem de cumprir”, finalizou.