Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados Da ABr O início da reunião da Comissão Especial do Impeachment, convocada para a leitura do relatório final, foi marcado pelo bate-boca entre advogados de defesa da presidenta Dilma Rousseff e deputados favoráveis ao impedimento.
Os advogados tentaram apresentar questões de ordem, mas foram impedidos pelo presidente do colegiado, deputado Rogério Rosso (PSD-DF).
Rosso explicou que o Regimento Interno na Câmara autoriza somente deputados da comissão apresentarem questão de ordem.
Ele, no entanto, permitiu que os advogados permanecessem na reunião.
O presidente da comissão orientou que, caso os defensores queiram levantar questões, que fizessem por meio de parlamentares.
LEIA TAMBÉM: > Relator de comissão anuncia parecer favorável ao impeachment de Dilma > Relator do impeachment apresenta nesta quarta parecer em comissão > Após exposição de Cardozo, relator começa a preparar relatório sobre impeachment O deputado Wadih Damous (PT-RJ) disse que impedir que a defesa se manifeste fere o direito de ampla defesa. “Ao se negar a palavra ao advogado da senhora presidenta está-se vulnerando o Artigo quinto da Constituição Federal, que assegura o amplo direito de defesa e o Artigo sétimo, inciso décimo do Estatuto da Advocacia”, ponderou o petista.
O deputado Nilson Leitão (PSDB-MT) concordou com a decisão de Rosso. “O que querem é tumultuar o processo.
O ministro José Eduardo Cardozo falou por duas horas, sem ser interrompido e interpelado.
Antes dele veio o Ministro da Fazenda e ainda um advogado.
Essa instância não é o momento da defesa”, disse o tucano.