Conta do governo a ser saldada com bancos federais passou de R$ 948 milhões com FHC para R$ 60 bilhões com Dilma, mostra relatório da entidade.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil Dados publicados pelo Banco Central (BC), a pedido do Tribunal de Contas da União (TCU), evidenciam a explosão das manobras conhecidas como ‘pedaladas fiscais’ no governo da presidente Dilma Rousseff.
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De acordo com os números, publicados nesta quarta-feira pelo jornal Folha de S.
Paulo, a conta do governo Fernando Henrique Cardoso, FHC, a ser saldada com bancos públicos era de 948 milhões de reais.
Ao fim do ano passado, o valor se aproximava de 60 bilhões de reais, que foram pagos em dezembro, por determinação do tribunal.
Os dados põem em xeque a principal tese de defesa da presidente, que acusa seus antecessores de também terem adotado a prática de usar dinheiro de bancos federais em programas de responsabilidade do Tesouro Nacional.
A acusação embasa o pedido de impeachment contra a petista. » Dilma diz que antecessores já haviam usado e abusado de pedaladas » Fazenda nega que recursos de resultados do BC tenham sido usados para ‘pedaladas’ » Decisão do TCU sobre pedaladas deve ser dramática, avalia governo Os números do BC foram levantados por determinação do TCU, que calculou os atrasos em repasses do Tesouro a bancos públicos e ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) desde 2001, no governo FHC.
Os valores mostram uma tendência de alta no fim do governo Lula e uma disparada com Dilma.
Entre 2001 e 2008, o impacto das pedaladas na dívida pública oscilou sem tendência definida, entre 0,03% e 0,11% do Produto Interno Bruto (PIB).
A partir de 2009 o crescimento é contínuo, até chegar ao pico de 1% do PIB no fim do primeiro mandato de Dilma. » Governo decide pagar R$ 72,4 bilhões para quitar pedaladas fiscais » Aécio Neves diz que governo faz ‘truques contábeis’ para pagar pedaladas » Por unanimidade, TCU nega recurso do governo em análise das pedaladas fiscais A presidente já defendeu que a diferença de valores está relacionada à expansão da economia brasileira e do Orçamento da União desde a última década.