Foto: Assessoria de comunicação Percebendo o crescente movimento contra o impeachment entre os vários setores da sociedade e, principalmente, nas ruas do país inteiro, o líder do Governo no Senado, Humberto Costa (PT-PE), declarou nesta segunda-feira (4) que a presidenta Dilma Rousseff vai fazer um amplo chamamento ao diálogo com os movimentos sociais, a juventude e as mulheres brasileiras depois que o processo na Câmara dos Deputados for arquivado.
LEIA TAMBÉM: » PT não descarta discussão sobre novas eleições, diz Humberto Costa » Em passeata em Brasília, Humberto Costa diz que Dilma não roubou Humberto avalia que, se o povo permanecer unido na luta contra o que ele chama de “golpe contra a democracia” tramado pela oposição e setores do empresariado e da grande imprensa, o impedimento da presidenta não passará na Câmara dos Deputados. “Temos de ter coragem e perseverança para continuarmos na luta.
A presidenta tem plena consciência de que, depois de todo esse processo, deve fazer amplo chamamento ao diálogo, incluindo a classe média e os empresários.
Vamos apresentar uma proposta mínima de ações para fazer o Brasil crescer e gerar empregos, sem perseguir ninguém.
O objetivo é tentar trazer todos, sem exceção, para esse diálogo”, afirmou. » ‘Povo brasileiro está na rua para enterrar essa tentativa de golpe’, diz Humberto Costa em ato em Brasília O senador ressaltou a importância da participação do ex-presidente Lula para ajudar o Governo da presidenta Dilma a retomar completamente as conversas e o apoio das bases sociais e no Legislativo - a partir de bastante diálogo e propostas concretas a fim de se alterar o rumo das políticas. “As mudanças serão feitas com a liderança dessas duas grandes figuras da política brasileira.
Temos condições de superar esse impasse cumprindo a lei, respeitando a democracia e seguindo a Constituição Federal.
Tenho certeza que o Brasil vai retomar o seu rumo de crescimento”, disse. » Jaques Wagner: revista IstoÉ ‘não ficará impune’; conteúdo é ‘machista’ » AGU pede abertura de inquérito contra a Revista IstoÉ No discurso, o parlamentar também contestou a ideia aventada por parte da oposição e setores da imprensa da renúncia de Dilma.
Segundo ele, a sociedade já reconhece que nem o impedimento nem a renúncia da presidenta resolveriam os problemas do país. “O impeachment subiu no telhado.
Dificilmente vai se consolidar.
Ora, por que insistem agora que uma presidenta eleita democraticamente renuncie junto com o vice para termos eleições gerais?
Defendem que o Governo não tem mais condições de governar, que não tem legitimidade.
E existe legitimidade para esse Congresso Nacional aqui?
Existe respeitabilidade para a Câmara?”, questionou. » Humberto Costa fala em empolgação contra impeachment » Humberto Costa diz que governo Dilma é o trigo e PMDB o joio, agora separados » Humberto Costa: Governo Temer e PSDB destruiriam programas sociais Humberto acredita ser impossível que haja eleições para presidente da República e vice sem a mudança da atual legislatura do Congresso Nacional. “Como é possível isso existir?
A ideia da eleição é falha.
Teríamos que ter, então, eleição geral”, comentou.
O líder do Governo também falou sobre o clima político hostil contra a presidenta.
Nesta segunda-feira mesmo, a fachada do prédio onde a presidenta tem apartamento em Porto Alegre amanheceu pichada com mensagens ofensivas.
Segundo ele, nem Jesus Cristo governaria com essa agressividade, essa campanha de parte da mídia e com o boicote de agentes econômicos a ações do Governo. “Ninguém consegue governar com o clima que existe no país.
Na verdade, a saída para a crise é os derrotados e contrários à política do Governo deixar a presidenta governar”, afirmou.