Percorrendo morros e alagados, através do Projeto Recife Bom para Viver, o presidente do PV, Carlos Augusto, tem colhido muitos desabafos de recifenses contra a classe política, nesses tempos de Operação Lava Jato e outros escândalos no Brasil. “A situação política hoje está uma sujeira.
A gente não consegue confiar em ninguém”, afirma o vigilante Antônio Barbosa de Melo. “Está ruim quase tudo, e a gente não sabe nem como manter a esperança”, diz a feirante Maria Gorete dos Santos. “O povo fica indignado, tem muita canalhice na política.
Esse ano, é bom escolher um estranho para ver se a coisa muda”, afirma o taxista Antônio Estêvão da Silva.
O descrédito, no entanto, não desanima o verde, pré candidato à Prefeitura do Recife. “Isso mostra que os políticos não estão sintonizados com a comunidade.
Não ouvem o grito das ruas”, diz ele.
Carlos Augusto acredita que esse tipo de sentimento enseja “uma janela aberta”, para quem está entrando agora na disputa eleitoral.
Apesar da desilusão, há pessoas que acham que nem tudo está perdido. “Ninguém acredita mais em política.
Mas tem que ter esperança, porque para viver é preciso acreditar em alguma coisa”, afirmou o soldado Plínio Paulo, em serviço na Praça da Convenção, em Beberibe, onde o PV fez a décima sétima caminhada do Projeto Recife Bom para Viver, no último final de semana.