Depois de um ato com Lula em Fortaleza, no Ceará, volta aos palanques.

Nesta segunda-feira, 4, a chamada “Frente ABC Contra o Golpe” realiza ato em São Bernardo do Campo, com participação do ex-presidente Lula, a partir das 18 horas.

A concentração será em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, à rua João Basso 231 (esquina com Rua José Bonifácio).

Para os sindicalistas, os atos da quinta (31), “em defesa da democracia e por direitos”, levaram mais de 500 mil pessoas às ruas de todo o País.

Houve protestos também no exterior.

Na sexta (1º), a Agência Sindical ouviu os sindicalistas Nivaldo Santana, da CTB; Luiz Gonçalves (Luizinho), da Nova Central; e Valter Sanches, da CUT.

A avaliação é que foi um movimento vitorioso.

Nivaldo Santana, vice-presidente da CTB, viu “um equilíbrio entre as forças favoráveis à democracia e setores que tentam impingir um golpe, derrubando a presidente Dilma Rousseff”. “Os dois últimos grandes atos mostram que os trabalhadores têm disposição para responder à altura a ofensiva da direita.

Além disso, a mobilização vem crescendo, pois diversos setores estão somando forças contra o impeachment”, avaliou.

Luizinho, presidente da seção paulista da Nova Central, disse que o ato na Praça da Sé, em São Paulo, foi representativo. “Fazia muito tempo que eu não via a praça cheia daquele jeito.

Ver o povo na rua pela democracia foi muito bom”, disse.

O Secretário de Relações Internacionais da Confederação dos Metalúrgicos da CUT (CNM), Valter Sanches, viu simbolismo grandioso. “Realizar esses atos no dia 31 de março teve grande peso.

Como bem disse o Chico Buarque, no Rio de Janeiro: ‘De novo, não!’”.

Nivaldo e Sanches acreditam que o embate jurídico pode tomar outro rumo. “Diversas opiniões (sobre o impeachment e a Lava-Jato) foram emitidas por muitos setores.

Inclusive muitas faculdades de direito desmascararam o caráter golpista desse processo”, afirma Nivaldo. “O Judiciário estava acuado porque a mídia dava a entender que só havia um lado.

Agora, com a mobilização dos trabalhadores e movimentos sociais, mostrando que há outro lado, os juristas tiraram um certo peso das costas”.