Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil Estadão Conteúdo - O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), rebateu as acusações do advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, de que a abertura do processo de impeachment foi um ato de vingança. “Cardozo está faltando com a verdade e exercendo de forma indigna essa defesa dele.
Ele falta com a verdade para dizer que é nulo, que tem desvio de poder”, argumentou o parlamentar nesta segunda-feira, 4.
LEIA TAMBÉM: > Impeachment sem base na Constituição é golpe de Estado, diz advogado da União > Cardozo: afastamento de presidente eleito só pode ocorrer em situações extremas > Cardozo vai pedir arquivamento do impeachment por falta de base jurídica O presidente da Casa disse ainda o advogado-geral busca polarizar a discussão para evitar fazer a defesa. “Cardozo tem que defender o governo das acusações todas que são colocadas, de obstrução de justiça, de corrupção, tem que procurar defender a maior empresa do País, que subordinada ao governo tem o maior escândalo do mundo de corrupção (Petrobras).
Ele tem que procurar defender o governo, e não buscar um antagonismo qualquer para se furtar de dar as explicações para o País.
Ele está desviando sua função”, opinou Cunha.
Durante apresentação da defesa da presidente Dilma Rousseff na comissão especial que analisa o pedido de impeachment, Cardozo disse que “a decisão de Cunha não visou o cumprimento da Constituição”. “Não foi essa sua finalidade.
Os fatos foram evidenciados.
Ele usou sua competência para retaliar a presidente porque ela se recusou, no Conselho de Ética da Câmara, a mudar os votos que seu partido poderia dar para abertura de processo contra Eduardo Cunha”, argumentou o advogado-geral da União.