Silvio Costa, em depoimento enviado ao Blog de Jamildo O direito ao contraditório é um dos maiores valores da democracia, sobretudo quando é exercido com coerência, consistência e respeito aos adversários e às pessoas livres e independentes nas ruas.
Entendo como legítimo o direito de ir às ruas dos movimentos que defendem o impeachment da presidente Dilma, e até de pressionar os parlamentares, mas nunca o de hostilizarem e agredirem - com palavras, gestos ou fisicamente - para tentar convencê-los do seu desejo.
Muito menos é legítimo agredir cidadãos nas ruas que pacificamente discordam desses movimentos.
Quanto ao meu mandato parlamentar, informo a esses movimentos que as minhas convicções políticas não são sazonais.
Elas são perenes e muito sólidas.
Agora, por uma questão de coerência e de garantia da ética na sua argumentação, sugiro a esses movimentos que, além das fotos e cartazes dos deputados federais, assim como eu, contrários ao impeachment, levem também fotos e cartazes dos deputados que são aplaudidos por esses movimentos - muitos deles que fazem discursos pela moralidade nesses atos - e que estão sob investigação da Lava Jato ou incluídos na lista da Odebrecht.
Estou há 22 anos na vida pública.
Desafio qualquer adversário a encontrar algum senão em minha vida parlamentar.
Não estou nas listas da Lava Jato nem da Odebrecht.
Sou um político limpo e isso incomoda muito a meus adversários.
Gosto muito de recorrer a frases de grandes autores e obras, uma delas é a seguinte: “Um homem covarde será sempre um covarde.
Nunca um homem”.
Portanto, lembro aos movimentos que defendem o impeachment que qualquer menção ao meu nome é um gesto a mais a me estimular na defesa do governo da presidente Dilma, que é uma mulher digna e que não cometeu nenhum crime de responsabilidade e nem cometerá.
Não haverá golpe.