O líder do Governo no Senado, Humberto Costa (PT-PE), criticou nesta quinta-feira (31) em Brasília o pedido de afastamento da presidente Dilma.
As manifestações pró-Dilma ocorreram em várias cidades do o país e em cidades do exterior, como Londres e Berlim.
Em Brasília, o parlamentar caminhou pela Esplanada dos Ministérios e parou em frente ao Congresso Nacional, já no começo da noite, onde um trio elétrico animava os presentes.
De lá, discursou. “A verdade dói.
Eles não querem que falemos que é golpe.
Mas sim, é um golpe contra o povo, a democracia e a Constituição.
A nossa Carta Magna prevê o impedimento da presidenta, mas para que isso ocorra é preciso crime de responsabilidade”, afirmou.
Renan Calheiros, aliado de Lula e Humberto, também é investigado pelo STF e Lava Jato, mas foi poupado, em uma espécie de seletividade nas críticas públicas.
O Senado vai dar a palavra final sobre o pedido de afastamento. “Dilma roubou?
Não!
Dilma pegou propina?
Não!
Dilma desviou dinheiro público?
Não!
Então a presidenta não cometeu nenhum crime”, complementou.
Lasers foram usados no ato para iluminar a fachada do prédio do Legislativo brasileiro com a frase “Fora Cunha”.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é réu em processo no Supremo Tribunal Federal por corrupção e lavagem de dinheiro. “Foram 24 anos que levaram o nosso povo ao sofrimento, tortura e falta de liberdade.
Hoje, 52 anos depois, neste 31 de março de 2016, o povo brasileiro está na rua para enterrar essa tentativa de golpe que eles querem fazer agora”, disse. “Nossa festa é de um Brasil alegre, de todas as cores, de todos os credos, de todos os brasileiros.
Isso é para mostrar a todos os deputados e senadores que ainda têm dúvida sobre o impeachment que estamos vivos no debate em defesa da nossa Constituição”, disse. “Vamos ocupar as ruas e defender os direitos do cidadão brasileiro.
Vocês podem ter certeza que não adianta o Michel Temer, o Aécio, o Cunha e a Globo, porque vamos impedir esse golpe”, disparou.