O líder da oposição na Câmara do Recife, Osmar Ricardo (PT), ainda não digeriu a liberação de quatro secretários de Paulo Câmara para votar pelo impeachment de Dilma, também no mesmo momento em que o PSB ensaia uma aproximação com o PMDB num eventual governo Temer.

Tentando aproveitar o episódio para municipalizar a polêmica, o vereador disse que o prefeito Geraldo Júlio e o PSB local são ingratos por tudo que o Governo Federal fez pelo Estado. “Ao liberar seus secretários para votarem pelo impeachment, o PSB confirma a sua posição de ingratidão por tudo que o ex-presidente Lula e Dilma fizeram pelo estado.

Eu tenho certeza que o ex-governador Eduardo Campos não seria ingrato”, afirmou. “Pernambuco cresceu nos últimos anos por causa do apoio de Lula a gestão de Eduardo.

Ele ressalta as grandes obras como o complexo de Suape, fábrica da Fiat, construção de universidades, entre outras ações.

E Paulo e Geraldo sabem disso.

Foram secretários do governo", criticou o petista. “A população de Recife compreende a incoerência do prefeito e dará a resposta nas urnas”.

O líder da oposição comentou, em tom de ironia, o fato de emissários do prefeito cobrarem reciprocidade do PSDB no apoio dado a sucessão presidencial em 2014. “O prefeito que apoio do PSDB como gesto de gratidão assim como ele deu ao PT na disputa municipal de 2012 e por tudo que Lula fez no estado.

O prefeito está provando do próprio veneno”, ironizou o vereador ao se referir a falta de uma posição definitiva do senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves.