O deputado estadual Professor Lupércio saiu em defesa dos motoristas que vêm encontrando dificuldades para renovar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) nas categorias C, D ou E ou classificá-la em um dos três níveis.
Durante a sessão desta quarta-feira, 30, na Alepe, o parlamentar pediu que os agentes do Departamento Estadual de Trânsito de Pernambuco (Detran-PE) não penalizem os condutores que ainda não conseguiram realizar o procedimento.
A preocupação surgiu em decorrência de uma determinação feita pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).
Desde o dia 02 deste mês, o órgão exige dos condutores que solicitarem a emissão, renovação ou alteração da CNH para uma das três categorias, a realização do exame toxicológico.
O teste, importante por detectar se os motoristas consumiram entorpecentes durante um período de até 90 dias, só pode ser realizado em seis laboratórios do país, todos eles localizados na Região Sudeste.
Em meio à crise que assola o país, Lupércio pediu para que os agentes do Detran se sensibilizem com as dificuldades enfrentadas pelos motoristas e não ajam de forma punitiva. “Gostaria de recomendar que os agentes aguardem para multar, apreender os veículos e as carteiras dos motoristas que estão com problemas para renovar ou reclassificar sua habilitação.
Imaginem a aflição da pessoa que está correndo o risco de perder o emprego porque foi impossibilitada de ter acesso ao seu principal instrumento de trabalho?”, questionou.
Apesar do presidente do Detran em Pernambuco, Charles Ribeiro, ter se posicionado de forma contrária à exigência e posto em xeque a eficácia do exame, a recomendação do órgão é de que os condutores não exerçam suas atividades profissionais até conseguirem renovar as carteiras.
Preocupado com a situação, Lupércio foi enfático ao solicitar que o Contran repense a ideia. “Todos sabem da minha luta contra as drogas, mas essa medida vai acabar fazendo muitas pessoas perderem seus empregos e pode ser que o efeito seja contrário ao esperado.
Espero que o Conselho Nacional de Trânsito tome uma decisão acertada, pois as pessoas precisam trabalhar”, argumentou o parlamentar.