Os parlamentares da oposição criaram uma “força-tarefa” para monitorar os votos sobre o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Segundo o coordenador do comitê pró-impeachment, deputado Mendonça Filho (DEM-PE) os parlamentares, coordenadores em cada estado, terão a missão de procurar colegas de outros partidos para dialogar sobre o impedimento. “Estamos criando uma grande força-tarefa para procurar os deputados e conseguir os votos dos indecisos.

No nosso cálculo, temos mais que os 342 votos necessários, mas queremos ter uma margem boa”, ressaltou Mendonça.

A comissão especial do impeachment ouviu nesta semana os autores do impeachment em análise na Câmara, Miguel Reale Junior e Janaína Pascoal, faltando ouvir o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa e o professor de Direito da UERJ, Ricardo Lodi Ribeiro, indicados por parlamentares do governo.

Segundo Mendonça Filho, a ideia é de que o processo de impeachment seja votado no plenário da Câmara no dia 14 de abril. “Havia uma ideia de fazer a votação num domingo, mas avaliamos que o processo de impeachment não pode ser visto como uma partida de futebol.

Mesmo que a votação ocorra durante a semana, o Brasil vai parar para assistir”, enfatizou Mendonça.

Nesta semana, o líder do Governo no Senado, Humberto Costa (PT-PE), disse que a presidente Dilma tem votos suficientes para impedir o impeachment, mesmo com uma possível saída do PMDB da base.

Segundo o parlamentar, o Governo deve recompor a base com parlamentares peemedebistas que não concordam com a decisão do partido, bem como com as demais legendas aliadas. “Se tivermos uma perda de integrantes do PMDB no Congresso, nós vamos trabalhar com aqueles que ainda nos apoiam e com os partidos que são fiéis.

Vamos convocá-los à ação de governar e vamos, sem dúvida, recompor essas forças para o enfrentamento do impeachment”, avaliou o senador, durante entrevista, nesta terça-feira (29).