Sindicalistas, políticos e lideranças dos movimentos sociais e estudantis promovem hoje (31), em Brasília, a “Jornada Nacional Em defesa da Democracia, Golpe Nunca Mais”.

Com concentração dese as 14 horas, no estádio Mané Garrincha, a manifestação seguirá em marcha às 18 horas até a Praça dos Três Poderes, percorrendo a Esplanada dos Ministérios. “O ato político ocorre contra a articulação golpista, orquestrada pelos setores da direita brasileira que apoia o impeachment da presidente Dilma Rousseff e também contará com a presença de vários artistas.

Haverá manifestações nas capitais e outras cidades de todo o País.

Há um golpe em curso, pois não há nenhuma justificativa legal para o impeachment”, diz o presidente da CUT Nacional, Vagner Freitas.

Segundo o presidente do Sintapi/CUT (Sindicato Nacional dos Trabalhadores Aposentados, Pensionistas e Idosos), Epitácio Luiz Epaminondas (Luizão), as manifestações teriam como objetivo reforçar a democracia, Justiça e o respeito à legalidade. “Após conseguir mudar a cara do Brasil, não queremos perder as conquistas sociais que tivemos até agora”, disse à Agência Sindical.

O presidente da regional paulista da Nova Central, Luiz Gonçalves, disse ser importante a defesa do calendário político constitucional. “Se o governo não está bom, nós temos que reclamar contra o governo, como temos feito em relação aos juros altos.

Mas é necessário respeitar a Constituição.

Apear a presidente da República do poder não faz sentido”, disse.

Somando-se ao ato, o movimento estudantil também se prepara para ocupar a capital federal e outras cidades nesta quinta-feira, 31 de março, com a sua Jornada Nacional de Lutas da Juventude Brasileira.

Caravanas de outros Estados prometem engrossar o ato das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, marcado para as 15h com concentração no Estádio Mané Garrincha, em Brasília.

Haverá shows com artistas e uma marcha irá caminhar até o Congresso Nacional com objetivo de repudiar o impeachment e a “pauta conservadora” que dominou a Casa.

Haverá um ato simbólico para relembrar a data do golpe militar, dia 31 de março de 1964, e homenagear o paraense Edson Luís, baleado no restaurante Calabouço em 1968, no Rio de Janeiro, durante protesto contra o aumento no preço da refeição.

Desde a semana passada, estudantes têm feito uma blitz no Congresso Nacional, visitando gabinete por gabinete, para conversar com cada parlamentar e apresentar os motivos porque a juventude não apoia o impeachment sem base legal.

Portando adesivos com os dizeres “Contra o impeachment, esse parlamentar apoia a democracia”, colados na porta dos gabinetes, os jovens também percorrem os corredores do Congresso com material debaixo do braço imitando a constituição. “O conteúdo deste documento destaca a dificuldade com que o Brasil conquistou a sua democracia e os imensos prejuízos que os ataques à Constituição, no caso de um impeachment sem base legal, podem trazer para o país”.