RODOVIA - Obra servirá de contorno aos municípios de Igarassu e Abreu e Lima, interceptando a BR-101.

Foto: Roberto Soares A Assembleia Legislativa de pernambuco (Alepe) aprovou, em Primeira Discussão, nessa terça-feira (29), a concessão da rodovia que servirá de contorno ao trecho da BR-101 nos municípios de Igarassu e Abreu e Lima, conhecida como “miniarco metropolitano”.

LEIA MAIS: » Comissão da Alepe aprova mini arco metropolitano O Projeto de Lei nº 719/2016, de autoria do Poder Executivo, prevê que a estrada seja concedida mediante prévia licitação, na modalidade concorrência, e autoriza que sejam cobradas tarifas pela utilização da via em um contrato de até 35 anos de duração, que pode ser renovado por igual período.

A proposição foi aprovada com o voto contrário do deputado Edilson Silva (PSOL). “Estamos votando uma autorização absolutamente no escuro, um cheque em branco para o Governo”, afirmou, ao cobrar mais informações técnicas sobre o projeto e a execução de estudos ambientais mais detalhados. “Tenho preocupação com a forma como as obras estão sendo construídas no Estado.

Já são mais de 400 iniciativas abandonadas, com alguns erros técnicos – que revelam desleixo da gestão”, salientou.

A liderança do Governo defendeu a aprovação do projeto. “As ferramentas da legislação vigente permitem que seja feito um controle do impacto ambiental da obra”, apontou o líder Waldemar Borges (PSB).

Tony Gel (PMDB), vice-líder do Governo, ressaltou que as questões ambientais dessa intervenção são menores que a do Arco Metropolitano completo, projetado para contornar a Região Metropolitana do Recife, de Goiana até Suape.

A deputada Priscila Krause (DEM) votou a favor da proposta, mas solicitou a realização de uma audiência pública sobre o empreendimento. “Devemos indagar se o miniarco é parte de um projeto de desenvolvimento ou se vai ser apenas uma solução pontual”, frisou.

Já Zé Maurício (PP) afirmou que a Comissão de Meio Ambiente, presidida por ele, “estará atenta a todos os impactos ambientais dessa obra”. “Queremos uma iniciativa que não só resolva um problema econômico, mas que também respeite o equilíbrio ambiental.”