Foto: André Nery/JC Imagem.

Estadão Conteúdo - A ex-ministra Marina Silva, da Rede Sustentabilidade, disse na madrugada desta terça-feira, durante entrevista ao apresentador Jô Soares, no Programa do Jô, da TV Globo, que o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, se aprovado, cumpriria uma “formalidade”, mas não sua “finalidade”.

LEIA MAIS: » Rede de Marina ganha adesões no Recife nesta segunda-feira » Pesquisa aponta Marina Silva na liderança das intenções de voto para 2018 Se o vice-presidente Michel Temer (PMDB) assumisse, segundo ela, ocorreria um “bololô”.

A expressão foi usada antes pelo apresentador, para se referir à possibilidade de afastamento da presidente e do vice, que provocaria, segundo ele, uma confusão ainda maior que o impeachment.

Para Marina, no entanto, Dilma e Temer têm responsabilidades equivalentes pela atual crise. “Os dois partidos (PT e PMDB) estão implicados igualmente”, afirmou Marina.

A ex-ministra voltou a defender que a melhor saída para a crise seria a impugnação da chapa Dilma-Temer pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o que provocaria novas eleições se ocorresse ainda em 2016.

Jô tratou a entrevistada como candidata e perguntou se ela já teria escolhido nomes para o Ministério. » Lula na Casa Civil deixa Brasil com dois presidentes da República, diz Marina » Em Brasília, Paulo Câmara conversa com Marina Silva sobre situação do País Marina negou que já tenha tomado qualquer decisão. “Não é uma mentira branca nem mentira negra ou preta”, disse a ex-ministra, rejeitando a insinuação de que ela estaria escondendo suas pretensões. “É a mais profunda verdade e pago um preço muito alto quando digo que não sei se serei candidata.

Meu objetivo de vida não é ser presidente, é ver o Brasil melhor”, afirmou. » Com mandato de Dilma sob ameaça, PT mira em Marina e Aécio no TSE A líder da Rede Sustentabilidade afirmou que pensa na possibilidade de concorrer ao Planalto, mas que não quer “instrumentalizar” a crise. “O mais importante é dar contribuição genuína. (…) Não fico ligada em pesquisa de opinião. É um registro de um momento.

E é um momento muito delicado da vida do nosso país, com inflação, desemprego, juros altos e descrença nas lideranças políticas”, afirmou a ex-ministra.

Marina foi candidata a presidente em 2010, pelo PV, e em 2014, pelo PSB - na vaga herdada de Eduardo Campos, morto em desastre aéreo durante a campanha.