Estadão Conteúdo - O presidente do PMDB gaúcho, Ibsen Pinheiro, completa em 2016 40 anos de atividade política.

O parlamentar tem 80 anos e segue articulado na Assembleia Legislativa local.

Ibsen estará amanhã em Brasília, na reunião do diretório nacional do PMDB, onde defenderá o afastamento da sigla do governo Dilma Rousseff, a entrega dos cargos, e a liberação do voto dos deputados no processo de impeachment.

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Um foi a presidência da Câmara no primeiro e até agora único impeachment que o Brasil já teve, em 1992. “O que o povo quer, esta casa acaba querendo”, disse, ao votar pelo afastamento do atual senador Fernando Collor. “Hoje falta a unanimidade daquele época”, afirmou, apostando que “a votação vai ser apertada, mas o impeachment não vai passar”. » Ato contra impeachment reúne 17 mil em São Paulo » Dilma diz que impeachment sem base legal é ‘golpe’ e garante Lula no governo » Ministro da Saúde não vê motivo para impeachment Outro momento foi a cassação em 1994, após a CPI do Orçamento.

Mais tarde ficou claro que a denúncia foi um erro da revista Veja, admitido publicamente.

Absolvido pela Justiça, recomeçou como vereador, em 2004, e voltou a ser deputado federal em 2006.

Há dois anos, ficou na terceira suplência para deputado estadual.

Chegou à Assembleia após o governador Ivo Sartori (PMDB) indicar três deputados como secretários.

Na quinta-feira, dia 24, quando falou com o jornal O Estado de S.

Paulo por telefone, comemorava, a seu discreto estilo, não estar entre os 41 políticos gaúchos citados na lista da Odebrecht. » Debandada do PMDB acelera rito de impeachment » Para o PSTU, impeachment não é golpe.

Mas partido não quer Temer e sim “eleições gerais já!” O peemedebista fez uma comparação sobre os processos e Collor e Dilma de impeachment: “ao contrário do Collor, Dilma tem apoio de um partido que tem base social e inserções nos movimentos sociais, sindicatos, em alguns segmentos intelectuais”.

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Ibsen também comentou a possibilidade de o pedido de afastamento de Dilma ser rejeitado. “Nós estamos numa crise política, não numa crise institucional.

Se as instituições funcionarem, o impeachment tem que ser votado.

E o dia seguinte, com qualquer resultado, será melhor que o dia da véspera, que é de incerteza.

O resultado tem que ser respeitado, seja qual for”.

As informações são do jornal O Estado de S.

Paulo.