Nesta sexta-feira, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, disse esperar que o País retome o crescimento econômico no fim deste ano.
Segundo ele, a expectativa do governo é que o desemprego e a renda parem de cair entre agosto e setembro, e a inflação deve arrefecer um pouco antes. “A partir de outubro, a economia volta a crescer.
Então, a economia pode voltar a crescer já a partir do fim do ano, iniciando um ciclo virtuoso de crescimento”, afirmou, em entrevista à TV NBR, que pertence ao governo federal. “As expectativas de inflação devem ser revisadas para baixo, porque os indicadores de inflação têm vindo mais favoráveis do que o mercado esperava”, afirmou. “Isso já está em curso e deve ganhar força.”, afirmou, no mesmo dia em que anunciou o aumento do rombo nas contas públicas.
A oposição não perdoou.
Veja abaixo a nota oficial do presidente do PSDB, Aécio Neves. “A revisão da meta do superávit primário para um déficit primário já era esperada.
Para o governo cumprir o que havia prometido, um superávit primário de R$ 24 bilhões do governo central, seria necessário um crescimento nominal da receita de mais de R$ 170 bilhões, correspondente a um crescimento real da receita de quase 10%.
O governo agora reconhece que terá um déficit primário de quase R$ 100 bilhões que é resultado tanto da queda da receita quanto de um forte crescimento da despesa.
LEIA TAMBÉM: > Nelson Barbosa detalha pacote de alívio a Estados e aperfeiçoamento de regras fiscais > Nelson Barbosa pede apoio para flexibilizar meta, mas PT quer ainda mais espaço fiscal > Reforma da Previdência dá resultados imediatos, diz Nelson Barbosa O governo Dilma praticamente jogou a toalha do ajuste fiscal neste ano e no próximo e a consequência disso será um crescimento perigoso da dívida pública.
O maior agravante é que a piora no curto prazo é seguida também por uma piora nas expectativas de longo prazo.
O governo não encaminhou nem uma reforma estrutural para o Congresso e sofre oposição do seu próprio partido o PT.
Não há mais como fazer ajuste fiscal e retomar o crescimento da economia com este governo.
Como já havia falado há meses atrás, o governo acabou”.