Na manhã desta quarta-feira (23), uma reunião na Câmara dos Deputados marcou a criação do “Comitê Pró-Democracia”, criado por aliados de Dilma para tentar impedir o impeachment.

Um grupo formado por representantes de “movimentos sociais”, partidos políticos, servidores públicos e entidades diversas que defendem o respeito à democracia e se posicionam contra o processo de impeachment, alegando que não há fundamento legal que o justifique.

Entre as entidades e “coletivos” que compõem o comitê estão a União Nacional dos Estudantes (UNE), Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Barão de Itararé (DF), Comissão de Justiça e Paz (DF), Intervozes e Mídia Ninja; além de representantes do Partido dos Trabalhadores (PT), Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Partido Socialismo e Liberdade (PSol).

Parlamentares também passaram na reunião para saudar o grupo, entre eles os deputados Chico Lopes (PCdoB/CE), Jô Moraes (PCdoB/MG) e Luciana Santos (PCdoB/PE).

Outros parlamentares enviaram representantes ao encontro, entre eles, Ivan Valente (PSol/SP), Chico Alencar (PSol/RJ), Orlando Silva (PCdoB/SP), Margarida Salomão (PT/MG), senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB/AM).

Para Luciana Santos, a construção do comitê é uma iniciativa louvável.

A parlamentar informou que está em processo de mobilização para criação de uma “Frente Parlamentar Mista em Defesa da Democracia” e disse contar com a participação do “Comitê” nos debates e ações da Frente. “Queremos caminhar junto com este comitê, porque as vozes reunidas aqui expressam o pensamento de grande parte da sociedade, que sabe que não existe fundamento jurídico para um impeachment da presidenta Dilma”, disse acreditar.

O lançamento da Frente está previsto para o próximo dia 30 de março.

Luciana Santos propôs que o comitê se some à organização desta atividade.

Além do ato junto com a frente, o comitê terá atividades próprias, a começar pelo seu próprio lançamento na próxima segunda-feira (28), às 16h, com uma grande mobilização no Congresso Nacional. “É um comitê amplo, que está aberto a receber todas aquelas pessoas que acreditam na democracia como um bem inestimável do nosso povo, que merece ser cuidado e defendido.

Vamos conversar com os deputados e argumentar que nosso país precisa de estabilidade política e respeito às instituições”, explicou Iago Montalvão, da diretoria da UNE, que também faz parte da coordenação.