Por Giovanni Sandes do Blog Pinga-Fogo A nova fase da Lava Jato trouxe a público uma estrutura secreta de propinas da Odebrecht.

Por ser uma ramificação nova, a Polícia Federal ainda dimensiona a descoberta.

No Recife, a turbulência foi a oitiva, na PF, de Antônio Carlos Vieira da Silva Júnior, da Arcos Comunicação.

Em nome dele estava alugado um apartamento em São Paulo onde, segundo a polícia, foram entregues R$ 1 milhão.

A Arcos teria vínculos que remeteriam a Delúbio Soares, o ex-tesoureiro do PT que foi condenado pelo mensalão.

No passado, a empresa prestou serviços aos dois senadores Humberto Costa (PT) e Fernando Bezerra Coelho (PSB), ambos investigados pela Lava Jato.

Mas a lista da operação tinha “emissários” da Odebrecht.

Sendo assim, a dúvida local é para onde o transportador da empreiteira no Recife levaria tais valores.

Em sua delação, à qual a coluna teve acesso, a ex-secretária da Odebrecht Maria Lúcia Tavares, delatora, diz: “por vezes era necessário acionar o prestador ‘Madeira’, no Recife”.

O “Madeira” foi identificado pela PF como Carlos Leite, não localizado pelo JC, segundo a polícia ligado à Mônaco casa de câmbio.

Na Petrobras, o doleiro Alberto Yousseff tinha no Recife o transportador Carlos Alexandre de Souza Rocha, o “Ceará”, que levou milhões de carro pela região, para nomes como o ex-deputado Pedro Corrêa e para Maceió.

Em tese, Madeira faria o mesmo pela Odebrecht.

Resta saber: para quem?