O deputado Raul Jungmann (PPS-PE), membro titular da CPI dos Fundos de Pensão, questionou o diretor-presidente da Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil), Gueitiro Matsuo Genso, durante oitiva, nesta terça-feira, sobre investimentos de mais de R$ 300 milhões feitos pela instituição na empresa Invepar, quando a OAS, sua investidora, já estava em recuperação financeira por causa de ilegalidades cometidas no esquema do petrolão.

Raul Jungmann disse que se trata de um caso de gestão temerária do fundo.

O deputado lembrou que a Invepar já havia recebido investimento da Previ da ordem de R$ 1 bilhão anteriormente.

A empresa opera no setor de infraestrutura de transportes e aeroportos.

Gueitiro Matsuo Genso falou que investiu mais R$ 333 milhões na companhia porque ela era lucrativa.

Raul Jungmann rebateu afirmando que antes desse segundo aporte de recursos, a OAS tinha tentado vender ações da Invepar, sem sucesso. “Os papéis da Invepar se tornaram um mico que ninguém no mercado queria e, mesmo assim, a Previ os comprou em 2015”, protestou o deputado do PPS. “Qual é a justificativa disso? É uma gestão temerária.

Se a OAS não conseguiu vender sua parte, que é a administração do aeroporto de Guarulhos, o que levou a Previ a embarcar nessa canoa furada?

Ninguém quis comprar porque o papel era um mico”, afirmou o parlamentar. “Nessa circunstância adversa, como a Previ resolveu aportar mais de R$ 300 milhões na Invepar, jogando fora o dinheiro dos associados e dos pensionistas do fundo de pensão?”, perguntou o deputado.

Genso reafirmou que se tratava de um bom investimento. “Obviamente, isso merece uma punição e que se identifique os responsáveis por isso”, disse Raul Jungmann.