Da Agência Brasil O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, disse nesta terça-feira (22) que se encontrou com o vice-presidente da República e presidente do PMDB, Michel Temer, para uma “conversa republicana” na qual foram avaliados os cenários à frente em relação à economia e à crise política.

Relator do impeachment recua sobre anexar delação de Delcídio Amaral Cardozo diz que pretexto para impeachment é ‘golpe’ e anuncia nova ação no STF Renan: impeachment sem caracterização de crime de responsabilidade é ‘outro nome’ Acossado pelo impeachment, governo Dilma agora quer ajudar Estados. “Encontrei um vice-presidente muito sereno e consciente do seu papel nesse instante. É muito natural que presidentes de dois dos maiores partidos brasileiros conversem sobretudo em um momento de crise como esse.

Já fizemos isso no passado, fizemos mais uma vez essa semana e é natural que façamos no futuro”, disse o líder oposicionista.

A assessoria do vice-presidente também confirma o encontro.

Aécio Neves defendeu que as conversas se estendam a outras lideranças de partidos políticos para que seja construída uma agenda para o país.

Segundo ele, o PSDB não será um beneficiário direto do impeachment da presidente Dilma, mas está pronto a “ajudar a construir uma agenda emergencial que implique na construção de algumas reformas”. “Nós temos algumas contribuições a dar e, na minha avaliação, a contribuição é essa: ajudar a construção e a viabilização de uma agenda ousada para o Brasil”, disse.

O presidente do PSDB também relatou que se reuniu com as lideranças do partido na Câmara dos Deputados e com os representantes da oposição na comissão do impeachment.

Segundo ele, o cenário traçado é de que o impedimento da presidente deverá ocorrer em breve. “Tivemos uma reunião agora com as lideranças do PSDB e nossos membros na comissão, há realmente uma expectativa hoje de que muito rapidamente a Câmara estará aprovando o processo de impeachment da presidente da República.

E o sentimento que nós colhemos no Senado é que, aprovado na Câmara com dois terços dos votos, é quase que impossível que o Senado impeça a continuidade desse processo, sempre respeitado o direito à ampla defesa da presidente da República”, disse.

Aécio Neves se reuniu ainda com o presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), também para tratar do impeachment.