Foto: Wilson Dias / Agência Brasil Estadão Conteúdo - O senador Delcídio Amaral (sem partido-MS) diz estar disposto a ficar cara a cara com todos os citados em seu depoimento de delação premiada em eventual acareação. “Estou do lado da verdade”, disse ele, em entrevista exclusiva ao jornal O Estado de S.
Paulo.
Delcídio deixou o PT após a delação ter sido homologada pelo Supremo Tribunal Federal.
Para o senador, líder do governo Dilma Rousseff até o fim de 2015, a presidente, mesmo com a ajuda do ministro Lula na Casa Civil, tem poucas condições de afastar as ameaças de perder o cargo, seja pela via do impeachment no Congresso ou das ações de cassação no Tribunal Superior Eleitoral. “O quadro é muito complicado.
Não é fácil.
Outros fatos virão.
E isso vai contaminando a política”, disse.
LEIA TAMBÉM: > Confira na íntegra os áudios entre Mercadante e o assessor de Delcídio > Em nota, Planalto rechaça envolvimento de Dilma em ações de Mercadante > Mercadante diz que nunca tentou impedir delação de Delcídio > Oposição vai à PGR pedir prisão de Mercadante > Dilma convoca Mercadante para dar explicações sobre gravação de Delcídio Segundo ele, o ministro Aloizio Mercadante (Educação) foi apenas um emissário de Dilma na suposta tentativa de convencê-lo a desistir da delação. “O Aloizio é um cara disciplinado.
Ele não faz nada sem estar alinhado com orientações superiores.
Quem o conhece sabe.” Delcídio disse que vai lutar pelo mandato de senador, “para honrar os quase um milhão de votos que tive no meu Estado.
Foi a maior votação que um político teve em Mato Grosso do Sul.
Vou lutar até o fim, eu tô do lado da verdade”, disse.
O senador também afirmou que, dentro do PT, “todo mundo sabia” que o sítio em Atibaia (SP) era do ex-presidente. “Eu nunca fui lá, mas todo mundo dizia que era do Lula, sempre, isso era conhecido.
Era uma coisa de uma clareza solar.
A propriedade do sítio é investigada pela Justiça e Lula nega ser o dono.