Docentes da rede municipal de ensino do Recife, em greve desde o dia 08 de março, ocuparam a Secretaria de Educação da cidade, na tarde desta quinta-feira (17), mas não adiantou muito.

A Prefeitura do Recife reafirmou, ainda há pouco, que o Sindicato Municipal dos Professores da Rede Oficial de Ensino do Recife (Simpere) decretou greve com a negociação salarial em andamento. “Tanto no 03/03, data da decretação da greve, quanto no dia 08/03, data da deflagração, a mesa de negociação da campanha salarial estava em pleno funcionamento.

Inclusive, os professores foram recebidos informalmente pela secretaria de Administração e Gestão de Pessoas para tirar dúvidas e obter informações gerais sobre a categoria, na última sexta-feira (11) e pela Secretaria de Educação na tarde desta quinta-feira (17)”.

Por entender que o sindicato não respeitou o processo de negociação, não serão realizadas reuniões setoriais com o Simpere até que o movimento paredista retome as negociações.

O Tribunal de Justiça de Pernambuco decretou a ilegalidade da paralisação na noite da segunda-feira (7).

Na mesa setorial de negociação realizada no dia 01/03, as Secretarias de Administração e Gestão de Pessoas (SADGP) e de Educação (Seduc) propuseram ao Simpere um aumento de 11,36%, mesmo índice de reajuste do valor do piso salarial, para os docentes do nível 1, classe A, além de reajustes diferenciados para as três faixas seguintes da tabela.

Os demais professores que não entram nessa regra terão o mesmo aumento proposto pela SADGP aos demais servidores, de até 10,67% condicionado ao aumento na Receita Líquida Real (RLR) do município e um reajuste de 10,67% no ticket alimentação.

Sindicato “A categoria está reagindo bravamente à proposta abusiva do prefeito, que se nega a pagar os 11,36% do piso para todos os professores e ainda desmonta o Plano de Cargos e Carreiras (PCCR), e exige que as negociações sejam reabertas”, diz a entidade sindical. “Os professores lutam contra a criminalização, pelo direito à greve e à luta; contra o desmonte do PCCR; pelos 11,36% do piso para todos a categoria; pela garantia da autonomia pedagógica; por melhores estruturas nas escolas e por melhores condições de trabalho”, informa a representaão sindical.