O clima eleitoral já toma a Câmara Municipal do Recife.
A crise nacional só agrava.
O líder do PSDB na Câmara Municipal do Recife, André Régis, encarou as galerias lotadas de servidores em greve para afirmar que o PT daquela casa perdeu-se num paradoxo (contradição) ao defender que o aumento oferecido aos funcionários não era suficiente para compensar as dificuldades econômicas e a inflação.
André Regis disse que o populismo que sempre contesta e nega a crise do governo Dilma, utiliza, no entanto, as análises e as críticas do PSDB quando quer posar para a plateia.
André Régis disse que os discursos da bancada petista são ricos em contradições e trazem à tona um populismo praticado em larga escala e que levou o Brasil à maior crise política e ética da história do país .
O parlamentar tucano também acredita ter criado um certo conforto aos membros da base governista do PSB, que tentavam se valer das limitações impostas pela falta de recursos e culpam a queda de arrecadação de tributos, decorrente da crise econômica, como fator impeditivo à concessão de aumentos salariais acima dos percentuais propostos pelo prefeito Geraldo Julio.
Principal condutor das negociações do aumento dos servidores na Câmara do Recife, o líder da oposição, Osmar Ricardo (PT), comemorou na terça-feira, 15, a derrota do governo ao tentar pedir dispensa de prazo ao projeto de aumento dos servidores para encurtar o debate. “Essa posição dos aliados do prefeito demonstra que os governistas já começam a sentir o calor dos servidores.
Falta Geraldo sentir”, ironizou.
A comemoração veio após o executivo encaminhar nesta terça-feira a proposta de aumento.
O líder do governo, Gilberto Alves (PSD), chegou a solicitar a dispensa.
Entretanto, ao consultar as lideranças partidárias, oposição e governo votaram junto.
Para o petista o projeto não beneficia a todos.
Ele defende aumento paritário e não só 5% para quem ganha menos de R$ 1.700 e 0% para quem ganha mais.