A Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE) divulgou pesquisa nesta quarta apontando recuou de 29,4% no início do ano, décima primeira taxa negativa consecutiva neste tipo de confronto e a mais intensa desde o início da série histórica.

Segundo o estudo, a produção industrial de Pernambuco apontou retração de 2,1% em janeiro de 2016, em comparação ao mês anterior, e perda de 17,4% no acumulado do ano. “O resultado intensificou o ritmo de queda frente ao último trimestre de 2015 (-7,6%).

A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, ao assinalar queda de 7,6% em janeiro de 2016, manteve a trajetória descendente iniciada em julho do ano passado (-2,2%)”, diz a entidade. “A indústria pernambucana recuou 29,4% em janeiro de 2016, com onze dos doze setores investigados apontando queda na produção, em comparação ao mesmo período do ano anterior,” afirma o economista e gerente do Núcleo de Economia e Negócios Internacionais (NENI) da FIEPE, Thobias Silva.

A principal influência negativa sobre a média global foi assinalada pelo ramo de produtos alimentícios (-42,8%), pressionado, sobretudo pela menor produção de açúcar refinado, cristal e VHP, margarina e biscoitos.

Houve ainda recuos vindos de bebidas (-32,0%), de outros equipamentos de transporte (-57,7%), de produtos de minerais não-metálicos (-19,0%), de produtos de borracha e de material plástico (-15,6%) e de metalurgia (-13,6%).

No entanto, a pesquisa assinala que o setor de produtos têxteis (6,0%) exerceu a única contribuição positiva nesse mês, impulsionado, especialmente, pela maior produção de tecidos de algodão tintos ou estampados.

Brasil Em janeiro, a produção industrial nacional avançou 0,4% frente a dezembro do ano passado, interrompendo sete meses de resultados negativos consecutivos, período em que acumulou perda de 8,7%.

No confronto com o mês de janeiro de 2015, o total da indústria apontou redução de 13,8% este mês.

Foi a vigésima terceira taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação e a mais elevada desde abril de 2009 (-14,1%).

A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, com a queda de 9,0% em janeiro de 2016, assinalou a perda mais intensa desde novembro de 2009 (-9,4%) e manteve a trajetória descendente iniciada em março de 2014 (2,1%).

O acréscimo de 0,4% da atividade industrial na passagem de dezembro de 2015 para janeiro de 2016 mostrou taxas positivas em três das quatro grandes categorias econômicas e em 15 dos 24 ramos pesquisados.

Entre os setores, a principal influência positiva foi registrada por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, que avançou 2,8%, outras contribuições positivas importantes sobre o total da indústria vieram das atividades de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (6,1%), de bebidas (3,8%), de máquinas e equipamentos (3,1%), de produtos do fumo (24,5%), de produtos têxteis (7,1%), de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (1,4%), de produtos de metal (2,7%) e de móveis (7,8%).

Entre os nove ramos que reduziram a produção nesse mês, o desempenho de maior importância para a média global foi assinalado por indústrias extrativas, que recuou 2,7%, outros impactos negativos importantes foram observados nos setores de produtos alimentícios (-0,6%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (-1,0%) e de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-3,6%).