Em delação, senador Delcídio do Amaral também citou a existência da conta da família de Aécio Neves.

Foto: Edilson Rodrigues/ Agência Senado A Polícia Federal teve acesso a documentos encontrados na residência de um casal suspeito de comandar uma das mais secretas e rentáveis “centrais bancárias clandestinas” do País.

A documentação foi apreendida em 2007 e indica a existência de uma conta secreta da família de Aécio Neves em Liechtenstein.

LEIA MAIS: » Citação de propina a Aécio prejudica discurso do PSDB, avaliam os tucanos > Eduardo Cunha era ‘menino de recados’ do BTG, afirma Delcídio > Aécio Neves recebeu propina de Furnas, diz Delcídio em delação A reportagem da revista Época conta que Norbert Muller e sua esposa, Christine Puschmann, ofereciam aos clientes serviços sigilosos de criação e manutenção de contas bancárias no LGT Bank, sediado no principado de Liechtenstein, considerado o mais fechado de todos os paraísos fiscais do mundo.

A PF encontrou, na casa dos suspeitos, pastas separadas para cada um dos 75 clientes do casal.

A publicação esclarece que em cada pasta apreendida havia extratos bancários de contas, procurações, cópias de passaporte do cliente, contratos, correspondências de Muller com o banco LGT, anotações de valores. » Delcídio relata corrupção na Petrobras nos governos de Itamar e FHC » Humberto Costa se defende de acusações de Delcídio Amaral » Dilma convoca Mercadante para dar explicações sobre gravação de Delcídio A revista Época teve acesso aos documentos apreendidos e revela que foi encontrada uma pasta-arquivo amarela, identificada pela PF com o número 41.

Nela, o doleiro Muller escrevera, a lápis, a identificação “Bogart e Taylor”.

Segundo a publicação este era o nome escolhido por Inês Maria Neves Faria, mãe e sócia do senador Aécio Neves, do PSDB de Minas.

Delcídio falou sobre a conta em delação A reportagem destaca que o senador Delcídio do Amaral citou durante os depoimentos de delação premiada, que foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal, a existência da conta em Liechtenstein.

O senador contou aos procuradores que fora informado “pelo ex-deputado federal José Janene, morto em 2010, que Aécio era beneficiário de uma fundação sediada em um paraíso fiscal, da qual ele seria dono ou controlador de fato; que essa fundação seria sediada em Liechtenstein”. > Em nota, Planalto rechaça envolvimento de Dilma em ações de Mercadante > Nome de Lula é citado 186 vezes em resumo de delação de Delcídio Resposta Em nota, a defesa da família Neves afirma: “Em 2001, assessorada pelo seu marido, o banqueiro Gilberto Faria, a Sra.

Ines Maria pensou em criar uma fundação no exterior para prover os estudos dos netos. > Mercadante diz que nunca tentou impedir delação de Delcídio Foram feitos contatos com o representante de uma instituição financeira, no Brasil, e a Sra.

Ines Maria encaminhou ao representante as primeiras documentações.

Em função da doença de seu marido (Gilberto Faria morreria em outubro de 2008), os procedimentos foram interrompidos, e a fundação não chegou a ser integralmente constituída.

A Sra.

Ines Maria nunca assinou qualquer documento autorizando a abertura de conta bancária e nunca realizou remessa financeira para a mesma”.