De acordo com os dados de um levantamento feito pela Misasi Relações Públicas em parceria com a ferramenta de monitoramento Stilingue, 98% das manifestações marcadas para o próximo domingo (13) no Brasil deverá ser contra o atual Governo Federal.
O estudo ocorreu entre os dias 1º de janeiro a 7 de março de 2016, a partir de 14.715 menções no Facebook, Twitter, Instagram, LinkedIn, YouTube, Google+, em notícias, fóruns, comentários em notícias e blogs.
Ainda de acordo com a pesquisa, apenas 2% das publicações relacionadas aos protestos eram a favor do governo.
Quando analisado por temas, cerca de 25% dos registros apontam que as pessoas apoiarão manifestações ligadas a reivindicações gerais.
Já 19% dos usuários falam sobre a manifestação oficial do dia 13.
Em seguida estão as manifestações a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (16%), contra o ex-presidente Lula (14%), anti PT (11%), contra a corrupção (3%), de apoio ao juiz Sérgio Moro (2%) e relacionadas à hashtag #VemPraRua (1,9%).
Dentre as menções mais registradas no estudo estão os termos “manifestação”, “manifestações”, “protesto” e “protestos” que somam juntos, 9.783 citações.
A expressão “Fora Dilma” ocupa o segundo lugar em registros (1.441), seguida por “Fora PT” (1.437) e “dia 13” (1.209). “Lula na cadeia” alcançou ainda 1.175 citações.
Já em relação às hashtags, #ForaDilma fica em primeira posição no número de menções, com 1.062 publicações. #LulaNaCadeia é a segunda hashtag mais usada (1.060), seguida por #ForaPT (1.055).
Eventos gatilho O levantamento ainda revela que houve dias em que ocorreram picos virais de menções atrelados às manifestações políticas.
No dia 17 de fevereiro, o confronto entre manifestantes pró e contra Lula em frente ao Fórum da Barra Funda (SP) desencadeou uma mobilização digital contra o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva. “Logo no dia seguinte, as pessoas já passaram a falar sobre a grande manifestação prevista para o dia 13 de março em todo o País”, explicou Rafael Mello, diretor do Núcleo de Inteligência da Misasi Relações Públicas.
No dia 1º de março, a oposição, em especial o PSDB, passou a convocar nas redes sociais as pessoas a participarem das manifestações marcadas para o dia 13. “Nesse dia, foi noticiada a queda do então Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, o que provocou uma reação imediata das pessoas nas redes sociais sobre o temor que tinham sobre a possibilidade de intervenção nas investigações da operação Lava-Jato”, explica Mello.
Em 4 de março, também foi registrado um pico de menções em quase todos os grupos, inclusive, mesmo que de maneira tímida, “a favor do Governo”, quando ocorreu a condução coercitiva do ex-presidente Lula para depor à Policia Federal a mando do juiz Sérgio Moro. “O evento acalorou os discursos e intensificou a adesão das pessoas em apoio às manifestações do dia 13”, conclui Rafael Mello.