O parlamentar pernambucano elenca todos os desmandos do presidente da Casa e afirma que, diante do “conjunto da obra”, peemedebista precisa sair imediatamente Foto: Divulgação Em um duro pronunciamento na Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (10), o deputado federal Tadeu Alencar (PSB-PE) – que na semana passada assumiu a vice-liderança bancada – foi enfático ao defender a saída imediata do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB/RJ).

Segundo ele, o peemedebista “deu as costas ao Brasil e à Câmara” e, em nome do decoro parlamentar e da decência, o PSB exige sua renúncia.

A fala de Tadeu foi um resumo do teor da reunião entre a bancada federal e a direção nacional socialista, na noite da quarta-feira (09).

O parlamentar elencou todas as denúncias e os desmandos já atribuídos a Eduardo Cunha, e afirmou que cada um deles já seria motivo suficiente para que o peemedebista se afaste do cargo. “Mas o conjunto da obra é ainda mais grave.

Não permite que ele continue à frente do Poder”, acrescentou.

Ex-vice-presidente da Comissão Especial da Reforma Política, Tadeu Alencar recordou a “atitude imperial e autocrática” de Cunha ao destituir o colegiado sem sequer permitir a entrega do relatório final dos trabalhos. “Essa foi uma medida indecorosa, um deboche para com os partidos, que indicaram seus representantes para a Comissão.

Um desrespeito com os que participaram das audiências públicas realizadas em todo o País.

Em Pernambuco, por exemplo, fizemos belíssimas discussões”, desabafou.

O socialista também recordou as várias acusações encaminhadas ao Conselho de Ética, relativas à quebra de decoro parlamentar por parte do presidente, bem como as recentes denúncias da Procuradoria-Geral da República ao Supremo Tribunal Federal contra ele.

Para o deputado de Pernambuco, a manifestação de mais de cem parlamentares - ocorrida logo após o discurso contra Cunha feito pela deputada Mara Gabrili (PSDB-SP) - que se ausentaram do plenário por não concordar com as manobras e manipulações feitas pelo presidente para retardar o processo contra ele no Conselho de Ética, também não pode ser esquecida.